Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11412

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Ciências Sociais Aplicadas
Setor Departamento de Arquitetura e Urbanismo
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Raquel Bontempo Martins Nogueira
Orientador MARISTELA SIOLARI DA SILVA
Título Por elas na historiografia da arquitetura moderna brasileira
Resumo Este trabalho traz parte dos resultados alcançados no desenvolvimento da pesquisa “Por ELAS na historiografia da arquitetura moderna brasileira”. Trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva, ancorada na análise de acervos documentais, que busca a revisão historiográfica da arquitetura e urbanismo sob a perspectiva de gênero, conferindo a ela uma nova leitura, que passa a abarcar não apenas grandes feitos e projetos arquitetônicos em si, mas também como promoção, ampliação e diversificação de assuntos até então pouco explorados pela leitura tradicional e progressista – o papel e a participação feminina no contexto, envolvendo assim, a aproximação do entendimento da arquitetura moderna como praxe social. Nesta etapa da pesquisa, pretendeu-se identificar as arquitetas e urbanistas que se diplomaram e atuaram na primeira metade do século XX, mais precisamente entre as décadas de 1920 e 1940, no estado do Rio de Janeiro e que foram reconhecidas pelos seus pares. Desta forma, foram analisados os arquivos da atual Universidade Federal do Rio de Janeiro, os registros dos conselhos de classe e os periódicos da época ( A Casa e Revista da Directoria de Engenharia/ PDF). Como resultados, observou-se uma presença feminina relativamente alta se comparada a outros cursos na mesma época, porém, no exame das trajetórias profissionais, percebe-se que poucas mulheres de fato exerceram a profissão e obtiveram algum destaque profissional. Na revista “A Casa”, a inserção feminina se deu através de um longo processo, no qual as mulheres, inicialmente ignoradas, passam, gradativamente, a fazer parte do público-alvo da revista, no início da década de 1930, ainda que sob a abordagem de assuntos estereotipados, como moda, beleza e domesticidades, para, no final dos anos 1930, conquistarem definitivamente o espaço de agentes que também possuíam autorias de projetos arquitetônicos e que participavam das discussões entre seus contemporâneos. Ainda que as mulheres tenham conquistado seu lugar na revista “A Casa”, observou-se que a maioria dos projetos realizados por elas eram de decoração e de interiores, o que leva a uma especulação a respeito de uma possível hierarquia de gênero na arquitetura moderna. Já no periódico “Revista da Directoria de Engenharia”, da prefeitura do Rio de Janeiro, observa-se a presença feminina desde a sua criação , em 1932, mas essa ainda essa não chega nem perto de se equiparar numericamente à presença masculina. Observou-se, que apesar das mulheres terem voz neste periódico, elas raramente apareciam enquanto autoras de projetos. Nesse sentido, conclui-se que a inserção feminina na arquitetura moderna brasileira não ocorreu de forma uniforme, mas sim sob processos disformes e diversos, e à despeito de algumas mulheres terem obtido certo êxito profissional, ainda se pode especular a respeito de uma possível hierarquia de gênero no movimento da arquitetura moderna no Brasil.
Palavras-chave Historiografia da Arquitetura e do Urbanismo no Brasil, Mulher, Arquitetura Moderna
Forma de apresentação..... Oral
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