Resumo |
A busca por melhorias no desempenho produtivo e digestivo tem levado os nutricionistas e produtores a utilizar diferentes tipos de aditivos alimentares nas dietas de bovinos. Objetivou-se avaliar o efeito da inclusão de diferentes aditivos sobre o consumo, digestibilidades ruminal, intestinal e aparente total da matéria seca (MS). Foram utilizados 6 bovinos machos da raça Nelore, não castrados, fistulados no rúmen, com idade média de 8 ±1 mês e peso corporal médio de 260 ±25 kg, distribuídos em delineamento quadrado latino 6 × 6 balanceado para efeitos residuais. Foram utilizadas seis dietas experimentais, à base de silagem de milho, com relação volumoso:concentrado de 30:70, variando apenas o aditivo utilizado. Os aditivos foram adicionados no concentrado. As concentrações dos aditivos seguiram as recomendações dos fabricantes e ou trabalhos previamente publicados, sendo elas: B+OX (1,4% de bicarbonato e óxido de magnésio na proporção 3:1, respectivamente, na MS da dieta), MON (30 ppm de monensina sódica na MS da dieta), VIR (25 ppm de virginamicina na MS da dieta), MON+VIR (30 ppm monensina e 25 ppm de virginamicina na MS da dieta), LAS (36 ppm de lasalocida sódica na MS da dieta) e RUM (4,5% de CRINA® RumiStar™ na MS do concentrado). As dietas foram isoproteicas, com aproximadamente 12,5 % de proteína bruta com base na MS, sendo formuladas para ganho de 1,3 kg/dia de acordo com as recomendações do BR CORTE 3.0. Os seis períodos experimentais tiveram duração de 20 dias cada, sendo 14 dias de adaptação, três dias consecutivos de coleta total de fezes (15° ao 17° dia) e oito coletas de digesta omasal com intervalo de 9 horas (18° ao 20° dia). O fluxo de MS foi estimado pelo sistema de indicador duplo, sendo utilizados a fibra insolúvel em detergente neutro indigestível como indicador da fase sólida e o Co-EDTA como indicador da fase líquida e de pequenas partículas. Os resultados foram analisados, utilizando o procedimento MIXED do SAS, considerando 5% como nível crítico de probabilidade para o erro tipo I. Não houve diferença (P > 0,05) quanto ao consumo de MS expresso em kg/dia ou em % do peso corporal. Além disso, as digestibilidades ruminal, intestinal e aparente total da MS expressas em kg/dia não foram afetadas (P > 0,05) pelo tipo de aditivo utilizado. Tais resultados sugerem que todos aditivos foram eficientes no controle de distúrbios metabólicos, propiciando um ambiente ruminal adequado para o processo digestivo. Conclui-se que o tipo de aditivo não influência a ingestão e os locais de digestão da MS em bovinos Nelore. |