Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11358

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Adriana da Silva Leite
Orientador HELEN HERMANA MIRANDA HERMSDORFF
Outros membros JOSEFINA BRESSAN, LEIDJAIRA JUVANHOL LOPES, Renata Conceicao Pimentel de Lima, Talitha Silva Meneguelli
Título Consumo de alimentos processados e ultraprocessados e sua relação com biomarcadores metabólicos em sujeitos com risco cardiovascular
Resumo INTRODUÇÃO: O aumento no consumo de alimentos processados e ultraprocessados (UPP) têm sido observados nas últimas décadas. Os alimentos processados são aqueles que possuem adição de sal, açúcar e óleo, enquanto que os UPP são ricos em gorduras saturadas, gorduras trans, sódio, açúcares de adição (principalmente frutose), são energeticamente densos, possuem maior resposta glicêmica, fornecem menor saciedade e contêm aditivos alimentares, além de serem altamente palatáveis e apresentarem um baixo custo, podendo contribuir no aparecimento e/ou agravamento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como as doenças cardiovasculares (DCV), hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes mellitus (DM), obesidade e câncer. OBJETIVO: Avaliar a relação entre o consumo de alimentos processados e UPP e biomarcadores metabólicos em uma população com risco cardiovascular. MÉTODO: Estudo transversal realizado com 325 indivíduos (H= 135; M= 190) com risco cardiovascular, todos atendidos no Programa de Atenção à Saúde Cardiovascular da Universidade Federal de Viçosa (PROCARDIO-UFV) (ReBEC id: RBR-5n4y2g). Dados sociodemográficos, clínicos, antropométricos e bioquímicos foram coletados por meio de prontuário. Todos os participantes assinaram ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e o estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFV (Of. Ref. nº 066/2012/CEPH). O consumo dos alimentos foi determinado mediante um recordatório de 24h e o grau de processamento definido de acordo com a classificação NOVA. Para avaliar a normalidade das variáveis utilizou-se o teste de Kolmogorov-Smirnov, sendo utilizado o nível de significância de 5%. Para avaliar a relação entre o consumo de alimentos processados e UPP com nutrientes (macro e micronutrientes) utilizou-se a correlação de Spearman. A regressão linear múltipla foi utilizada afim de avaliar a associação entre o consumo de alimentos processados e ultraprocessados com biomarcadores metabólicos, ajustados por sexo, idade e atividade física. Todas as análises estatísticas foram realizadas no SPSS, versão 22. RESULTADOS: Em relação à ingestão calórica total na amostra, processados e ultraprocessados contribuíram com cerca de 11,1% e 25,9%, respectivamente. O consumo mais elevado dos alimentos UPP foram observados entre mulheres, adultos, aqueles indivíduos não comprometidos e aqueles com dislipidemias. Ainda, o consumo de UPP se associou positivamente com fatores de risco cardiometabólico, como o colesterol total e LDL-c, bem como com calorias, sódio, gorduras saturadas e trans. CONCLUSÃO: O consumo de processados e UPP se associaram positivamente com fatores de risco cardiometabólico e com nutrientes relacionados a esses fatores de risco. Nossos resultados reforçam a necessidade de orientação nutricional para redução do consumo desse grupo de alimentos, em especial entre mulheres, adultos, indivíduos não comprometidos e dislipidêmicos.
Palavras-chave Alimentos ultraprocessados, risco cardiometabólico, dislipidemias
Forma de apresentação..... Oral
Gerado em 0,62 segundos.