Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11356

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Engenharia/Tecnologia
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Jéssica Silva Gomes
Orientador EDUARDO BASILIO DE OLIVEIRA
Outros membros Beatriz Borges Pinto Pereira, Bruna Tonole, Gustavo Leite Milião, Lucas de Souza Soares
Título Impacto do quitosano sobre o controle da instabilidade de emulsões O/A submetidas a estresses físicos
Resumo Quitosano é um polissacarídeo obtido pela desacetilação parcial (≥ 50%) da quitina, que é um biopolímero extraído principalmente de crustáceos processados pela indústria pesqueira. Meios aquosos contendo o ácido acético são comumente utilizados para dispersar o quitosano, pois permitem a protonação dos grupos amino existentes nas cadeias poliméricas, o que favorece a repulsão inter-cadeia e, portanto, sua hidratação. Contudo, o uso do ácido acético poderia consistir em uma desvantagem para aplicações em produtos formulados, devido ao cheiro e sabor desagradável desse composto. Assim, o estudo de sistemas-modelo contendo o quitosano e outros ácidos orgânicos além do acético torna-se relevante, a fim de ampliar a exploração de suas técnico-funcionalidades em formulações alimentícias. Dessa forma, esse trabalho objetivou avaliar o impacto da adição do quitosano sobre a desestabilização de emulsões O/A submetidas a condições ambientais severas. As fases contínuas (FC) das emulsões foram preparadas usando dispersões de quitosano [0,000; 0,125; 0,250; 0,500, 0,750 e 1.000 g∙(100 g)-1] em solução de ácido lático (50 mmol∙L-1) contendo, ainda, o emulsificante Tween 20 [2,0 g∙(100 g)-1]. Já a fase oleosa (FO) foi elaborada usando óleo de girassol previamente colorido com vermelho de Sudan III [0,02 g∙(100 g)-1]. Então, as emulsões foram formuladas usando 18,75 g de FC e 6,25 g de FO em um homogeneizador ultrassônico (20 kHz, 500 W, 4 min). Em seguida, 10 mL das emulsões foram transferidos para tubos de centrífuga (15 mL). As emulsões foram expostas a três diferentes condições ambientais severas, objetivando avaliar a desestabilização desses sistemas coloidais: i) as emulsões foram congeladas a -18 ± 1 oC durante 24 h, e avaliadas após 24 h; ii) as emulsões congeladas-descongeladas (24 h em cada etapa) foram aquecidas a 100 ± 5 oC durante 1 h e resfriadas até a temperatura ambiente (25 ± 1 oC); e iii) as emulsões foram centrifugadas (7830 rpm) durante 10 min e avaliadas após 24 h. A extensão da desestabilização foi quantificada em termos de índice de cremeação [IC (%) = (Vc/Vi) × 100%; onde Vi representa o volume inicial da emulsão e Vc é o volume cremeado no topo dos tubos] e representada em função do tempo. Os valores de IC (%) das emulsões reduziram com o aumento da concentração de quitosano em todos os testes: i) 69% - 0,000; 77% - 0,125; 68% - 0,250; 46% - 0,500; 7% - 0,750 e 0% - 1,000 g∙(100 g)-1 de quitosano no teste de congelamento-descongelamento; ii) 90% - 0,000; 81% - 0,125; 65% - 0,250; 48% - 0,500; 29% - 0,750 e 4% - 1,000 g∙(100 g)-1 de quitosano no teste de congelamento-descongelamento-aquecimento; e iii) 68% - 0,000; 65% - 0,125; 63% - 0,250; 45% - 0,500; 23% - 0,750 e 7% - 1,000 g∙(100 g)-1 de quitosano no teste de centrifugação. Portanto, concentrações ≥ 0,750 g∙(100 g)-1 de quitosano promoveram uma menor desestabilização das emulsões demonstrando o impacto promissor desse polissacarídeo na produção de formulações alimentícias.
Palavras-chave quitosano, emulsões, ácido lático
Forma de apresentação..... Painel
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