Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11352

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Biologia Geral
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Iara Alexandrino Soares Ferreira
Orientador SERGIO LUIS PINTO DA MATTA
Outros membros All Unser Lauda de Miranda Rocha, Amanda Alves Lozi, Janaina da Silva, Luiz Carlos Maia Ladeira
Título Toxicologia comparativa dos metais pesados As+5, As+3, Cd, Pb, Cr e Ni na quantidade de espermatozoides e no tempo de trânsito epididimário após diferentes vias de exposição
Resumo Causas idiopáticas relacionadas à baixa qualidade espermática em humanos têm sido atribuídas em parte à exposição aos metais pesados. No entanto, a toxicidade dos metais pesados é descrita de maneira inespecífica e genérica para todos os metais. Cada metal pesado tem um conjunto exclusivo de características e, consequentemente, uma toxicidade que deve ser avaliada para proceder com específica precaução e apropriado reparo. A principal fonte de exposição humana aos metais pesados é a oral, entretanto, a principal via utilizada em estudos é a intraperitoneal. Assim, objetivou-se comparar a toxicidade aguda, via oral e intraperitoneal, de alguns metais pesados (arsenato (As+5), arsenito (As+3), cádmio (Cd), chumbo (Pb), cromo (Cr) e níquel (Ni)) na produção diária de espermatozoides (PDE), no número de espermatozoides (NE) e no tempo de trânsito epididimário (TTE). Para isso, 70 camundongos foram distribuídos em 2 grupos (A e B), sendo o grupo A exposição oral (Or), por gavagem, e o grupo B exposição intraperitoneal (Ip). Cada grupo foi constituído de 7 subgrupos (n=5/subgrupo), onde os subgrupos 1 receberam salina (controle), os subgrupos 2 receberam As+5, os subgrupos 3 receberam As+3, os subgrupos 4 receberam Cd, os subgrupos 5 receberam Pb, os subgrupos 6 receberam Cr e os subgrupos 7 receberam Ni, todos na dosagem de 1,5mg/kg de peso corporal. Os animais foram eutanasiados 7 dias após a exposição. Os resultados foram analisados por ANOVA seguida de post-hoc Student Newman Keuls (p≤0.05). A PDE (por testículo e por grama de testículo) reduziu com ambas as vias de exposição aos metais As+5, Cd, Pb, Cr e Ni, assim como o NE nos testículos e por grama do órgão. Embora o NE na cabeça/corpo do epidídimo não alterou após exposição oral aos metais, foi verificada redução após a exposição intraperitoneal ao As+3, Cd, Pb, Cr e Ni (e por grama de órgão reduziu após exposição ao Pb e Cr). Já o NE na cauda do epidídimo aumentou após exposição oral ao Cr (somente por grama do órgão) enquanto que a exposição intraperitoneal a todos os metais desencadeou diminuição desse parâmetro. Quanto ao TTE, a exposição oral ao Pb causou aumento desse parâmetro na região da cauda. Diferentemente, a exposição intraperitoneal aumentou o TTE na região da cabeça/corpo do epidídimo dos animais que receberam As+5, As+3, Pb, Cr e Ni e ainda aumentou o tempo de TTE na região da cauda dos animais que receberam Cr e Ni. Assim, fica estabelecida a seguinte ordem de toxicidade oral entre os metais pesados em estudo: Pb>Cr>As+5=Cd=Ni>As+3 e a seguinte ordem de toxicidade intraperitoneal: Cr>Ni>Pb>As+5>Cd>As+3, estas estabelecidas por análise comparativa dos impactos encontrados nos parâmetros analisados. Desse modo, concluímos que cada metal causa um impacto específico nos espermatozoides e que a exposição intraperitoneal desencadeia alterações mais severas que a exposição oral, na mesma dosagem.
Palavras-chave contaminantes ambientais, toxicidade, reprodução.
Forma de apresentação..... Painel
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