Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11348

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Biologia Animal
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Ana Luisa Moreira de Morais
Orientador JORGE ABDALA DERGAM DOS SANTOS
Outros membros Priscilla Caroline Silva, SIMONE GOMES DUARTE E MOURA
Título A coleção de peixes do Museu de Zoologia João Moojen - UFV
Resumo Coleções são importantes para preservação e promoção da biodiversidade, uma vez que possibilitam o acesso a registros antigos e atuais, podendo, assim, trazer panoramas sobre as mudanças morfológicas e genéticas, distribuição geográfica e outras valiosas informações acerca da biodiversidade. O Museu de Zoologia João Moojen da Universidade Federal de Viçosa, MZUFV, foi nomeado em homenagem ao Professor João Moojen, que iniciou a coleção de peças zoológicas do mesmo em 1933. Em 1998 o museu foi incluído no Primeiro Relatório Nacional para a Convenção sobre Diversidade Biológica realizado pelo Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal, o que destacou o MZUFV e sua relevância ambiental não só para o Estado de Minas Gerais, mas para todo o Brasil. A coleção de ictiologia teve seu primeiro registro no ano 1938 e foi feita pelo próprio Moojen. Atualmente a coleção inclui 6.073 lotes sendo destes 5.788 de acurácia taxonômica à nível de espécie. O objetivo deste estudo é traçar o estado da arte sobre os lotes de peixes registrados no MZUFV, demonstrando os grupos mais abundantes (ordem, família e espécies) e bacias mais representativas. Os espécimes tombados na coleção de ictiologia estão distribuídos em 511 espécies, 49 famílias, 40 subfamílias e 14 ordens. A ordem com maior diversidade em registro de espécies é Characiformes (55,18%) seguida de Siluriformes (28,76%). A família mais abundante foi Characidae (25,05%) seguida de Loricariidae (15,26%). As espécies com maior número de registros são Astyanax lacustris (467), Geophagus brasiliensis (373) e Hoplias malabaricus (298). A bacia mais representativa é a bacia do rio Doce com 54,58% dos registros. Esta coleção apresenta um retrato da bacia, antes da implementação de barragens e dos impactos antrópicos, já que a maior parte dos registros nesta bacia ocorreram previamente ao acidente de Fundão em Mariana no ano de 2015. A coleção de peixes do MZUFV é classificada como uma coleção local (maior parte de registros é da bacia onde está inserida), mas de interesse internacional devido à importância de seus registros. O estudo do material disponível na mesma possibilitará acurar com precisão os impactos que a ictiofauna da bacia veio sofrendo ao longo dos anos até o momento do acidente (perdas de espécies, diminuição de tamanho populacional, extinção local) a fim de estimar o impacto real causado pela passagem do rejeito de minério na calha principal do rio Doce. A manutenção do MZUFV bem como do acervo de peixes é fundamental para garantir que dados históricos sobre a biodiversidade sejam mantidos e possibilitem respostas que garantam a conservação do meio ambiente.
Agradecimentos: CAPES- CNPq – CEMIG - FAPEMIG
Palavras-chave Ictiologia neotropical, taxonomia, conservação da biodiversidade
Forma de apresentação..... Painel
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