ISSN | 2237-9045 |
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Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
Nível | Graduação |
Modalidade | Pesquisa |
Área de conhecimento | Ciências Biológicas e da Saúde |
Área temática | Ciências Biológicas |
Setor | Departamento de Biologia Animal |
Bolsa | Outros |
Conclusão de bolsa | Não |
Apoio financeiro | Outros |
Primeiro autor | Ana Luisa Moreira de Morais |
Orientador | JORGE ABDALA DERGAM DOS SANTOS |
Outros membros | Priscilla Caroline Silva, SIMONE GOMES DUARTE E MOURA |
Título | A coleção de peixes do Museu de Zoologia João Moojen - UFV |
Resumo | Coleções são importantes para preservação e promoção da biodiversidade, uma vez que possibilitam o acesso a registros antigos e atuais, podendo, assim, trazer panoramas sobre as mudanças morfológicas e genéticas, distribuição geográfica e outras valiosas informações acerca da biodiversidade. O Museu de Zoologia João Moojen da Universidade Federal de Viçosa, MZUFV, foi nomeado em homenagem ao Professor João Moojen, que iniciou a coleção de peças zoológicas do mesmo em 1933. Em 1998 o museu foi incluído no Primeiro Relatório Nacional para a Convenção sobre Diversidade Biológica realizado pelo Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal, o que destacou o MZUFV e sua relevância ambiental não só para o Estado de Minas Gerais, mas para todo o Brasil. A coleção de ictiologia teve seu primeiro registro no ano 1938 e foi feita pelo próprio Moojen. Atualmente a coleção inclui 6.073 lotes sendo destes 5.788 de acurácia taxonômica à nível de espécie. O objetivo deste estudo é traçar o estado da arte sobre os lotes de peixes registrados no MZUFV, demonstrando os grupos mais abundantes (ordem, família e espécies) e bacias mais representativas. Os espécimes tombados na coleção de ictiologia estão distribuídos em 511 espécies, 49 famílias, 40 subfamílias e 14 ordens. A ordem com maior diversidade em registro de espécies é Characiformes (55,18%) seguida de Siluriformes (28,76%). A família mais abundante foi Characidae (25,05%) seguida de Loricariidae (15,26%). As espécies com maior número de registros são Astyanax lacustris (467), Geophagus brasiliensis (373) e Hoplias malabaricus (298). A bacia mais representativa é a bacia do rio Doce com 54,58% dos registros. Esta coleção apresenta um retrato da bacia, antes da implementação de barragens e dos impactos antrópicos, já que a maior parte dos registros nesta bacia ocorreram previamente ao acidente de Fundão em Mariana no ano de 2015. A coleção de peixes do MZUFV é classificada como uma coleção local (maior parte de registros é da bacia onde está inserida), mas de interesse internacional devido à importância de seus registros. O estudo do material disponível na mesma possibilitará acurar com precisão os impactos que a ictiofauna da bacia veio sofrendo ao longo dos anos até o momento do acidente (perdas de espécies, diminuição de tamanho populacional, extinção local) a fim de estimar o impacto real causado pela passagem do rejeito de minério na calha principal do rio Doce. A manutenção do MZUFV bem como do acervo de peixes é fundamental para garantir que dados históricos sobre a biodiversidade sejam mantidos e possibilitem respostas que garantam a conservação do meio ambiente. Agradecimentos: CAPES- CNPq – CEMIG - FAPEMIG |
Palavras-chave | Ictiologia neotropical, taxonomia, conservação da biodiversidade |
Forma de apresentação..... | Painel |