Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11342

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Biologia Animal
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Letícia Soares Fraga
Orientador RENATO NEVES FEIO
Título Caracterização e chave de identificação dos girinos (Amphibia: Anura) de Viçosa, Minas Gerais
Resumo Estudos que descrevem a morfologia e história natural de girinos são imprescindíveis para a compreensão de processos biológicos e evolutivos, assim como para o preenchimento de lacunas taxonômicas. A dificuldade de identificação das espécies através da fase larval ainda é o principal problema enfrentado no estudo de girinos. Algumas espécies podem apresentar girinos muito similares, no entanto, existem características que podem ser usadas para distingui-los, dessa forma, descrições e chaves taxonômicas da fase larval são ferramentas importantes para identificação dessas espécies. Para os fragmentos analisados no município de Viçosa, Minas Gerais, são conhecidas 18 espécies de anuros, na Coleção Herpetológica do Museu de Zoologia João Moojen estão depositadas todas espécies de adultos, porém para os lotes de girinos, apenas representantes de oito espécies. Esse panorama, evidencia uma importante lacuna para o desenvolvimento de estudos sobre girinos. Logo, o objetivo deste trabalho foi a caracterização da comunidade de girinos dos anuros que ocorrem em Viçosa, para criação de uma chave taxonômica desta região, além de descrever os girinos de espécies cuja fase larval ainda não tenha sido descrita. Examinamos os girinos das espécies já depositadas no MZUFV e realizamos idas a campo, na tentativa de coletar os girinos das espécies ausentes. Ao finalizar os campos, conseguimos o total 12 das 18 espécies que ocorrem na área de estudo. As coletas ocorreram na Mata da Biologia e na Mata do Paraíso. Depois de coletados os girinos foram eutanasiados com xylocaína 5% e fixados em formalina 10%. Para a caracterização morfológica, foram determinados os estágios de desenvolvimento seguindo a classificação proposta por Gosner (1960) e avaliados os aspectos da morfologia externa, disco oral e coloração, utilizando como base Pezzuti, 2011. Até o momento, foram realizadas as caracterizações de todas as 12 espécies em estágio larval, e destas 11 - exceto Physalaemus feioi que ainda não possui descrição na literatura - foram comparadas com as descrições já existentes na literatura, o que revelou diferenças na morfologia externa das espécies: Scinax luizotavioi, Dendropsophus minutus, Hypsiboas semilineatus e Hypsiboas faber, diferenças atribuídas respectivamente à posição do espiráculo, fórmula oral, posição do espiráculo e formato do focinho em vista dorsal. Diferenças morfológicas entre girinos da mesma espécie, porém de localidades distintas podem ser atribuídas a diferenças ambientais entre as regiões. Os resultados desse projeto facilitarão a identificação dos girinos de Viçosa, além de fornecer novos dados sobre o conhecimento taxonômico e biológico das espécies envolvidas. Estudos que visam reduzir as lacunas de conhecimento sobre a fase larval de anfíbios anuros se fazem necessários pois ajudam a elucidar aspectos fundamentais do ciclo de vida das espécies, e consequentemente, impactam a elaboração e efetividade de medidas de conservação para esse grupo.
Palavras-chave Anuros, chave taxonômica, descrição e girinos.
Forma de apresentação..... Painel
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