Resumo |
A Residência Pedagógica na Universidade Federal de Viçosa é um programa de formação e capacitação de professores com atuação nos campis Viçosa e Florestal, desde agosto de 2018. Apresentamos as primeiras regências realizadas junto às turmas do 2o. período da Educação Infantil na Escola Municipal Coronel Antônio da Silva Bernardes, na cidade de Viçosa, Minas Gerais por meio do núcleo de Arte/Pedagogia. O qual é composto pelos cursos de Dança, Educação Infantil e Pedagogia, sob a coordenação de Ms Rita Márcia Onísia, Dra Rita Márcia Vaz de Melo e Dra Rosana Pimenta, tendo a supervisão da preceptora Maria Aparecida Faria Dias. Neste relato de experiência, apresentamos não apenas o sucesso, mas principalmente os desafios. No período de ambientação foi possível observar que os professores ainda não haviam pautado o tema “O que é Arte” junto aos discentes. Os residentes decidiram desenvolver o tema a começar por um diagnóstico seguido por discussão. A proposta mapeou os conhecimentos prévios das crianças e sua relação com a Arte o que se deu numa roda de conversa iniciada com os questionamentos: "O que é Arte?” e “Quem aqui já fez Arte?" O plano de ação foi organizado em três momentos distintos (3 aulas). O primeiro momento serviu para analisar quais linguagens artísticas os discentes haviam tido contato anteriormente. Com base na experiência dos residentes, deduzimos que a linguagem mais conhecida seria Artes Visuais, o que foi confirmado na fala das crianças. Contextualizamos ideias sobre Arte e notamos que foi produtivo, pois ficou evidente que as crianças manifestaram uma comprrensão mais ampliada do que poderia ser Arte após essa conversa. No encontro seguinte, aplicamos a atividade de desenho livre com temas escolhidos pelas crianças. Em poucos minutos constatamos que a complexidade da tarefa foi um fracasso para a faixa etária. Eles fizeram algumas garatujas sem demonstrar maior interesse como se estivessem perdidos, pois não fizeram nenhuma conexão com a aula anterior. Os discentes ficaram desconcentrados e a turma desorganizada. A primeira ideia para contornar a situação foi propor um foco para a realização do desenho e em seguida aplicar jogos explorando a ludicidade com o quais obtivemos melhor resultado. Num terceiro momento, a residente Laís Barros tocou violão para a turma, além de propor a discussão sobre Música e Dança como linguagens artísticas. Na ocasião, trabalhamos a musicalidade e a corporeidade das crianças por meio de jogos lúdicos o que favoreceu uma uma maior disponibilidade das crianças para com a atividade. Observamos que, na Educação Ifantil fruir, contextualizar e experimentar Arte deve ser lúdico. E, muito embora as crianças estejam atentas e interessadas é extremamente necessário ter uma proposta que estabeleça elo entre um encontro e outro para que as ações sejam significativas para elas. |