Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11339

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Biologia Vegetal
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq
Primeiro autor Luciana Zacour Del Giudice
Orientador ADRIANO NUNES NESI
Outros membros Auxiliadora Oliveira Martins, Pedro Brandão Martino, Rebeca Patrícia Omena Garcia, WAGNER LUIZ ARAUJO
Título Crescimento e acúmulo de massa seca em enxertos e porta-enxertos de tomateiros mutantes na biossíntese de giberelinas
Resumo As giberelinas (GAs) são fitormônios responsáveis pela regulação de processos fisiológicos das plantas como o crescimento e desenvolvimento de órgãos aéreos e de raízes. Sabe-se que as GAs sintetizadas em folhas e raízes podem ser transportadas célula a célula por meio de transportadores de membrana, ou de um órgão a outro pelos vasos condutores do xilema e do floema. Além disso, a influência de enxertos e porta-enxertos de genótipos de tomateiros selvagens sobre o crescimento de órgãos de plantas deficientes em GAs é pouco explorada. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi investigar as alterações no crescimento da parte aérea e raízes de plantas de tomate (Solanum lycopersicum L. cv Moneymaker) mutantes na biossíntese de GAs (gib3, moderada; gib2, intermediária; gib1, severa deficiência de GAs) enxertadas reciprocamente com o tipo selvagem (WT). Assim, dez combinações de plantas foram geradas, sendo seis enxertadas reciprocamente e quatro controles auto enxertados (WT/gib3, gib3/WT, WT/gib2, gib2/WT, WT/gib1, gib1/WT e WT/WT, gib3/gib3, gib2/gib2, gib1/gib1; onde o numerador da fração indica o enxerto e o denominador o porta-enxerto). As plantas foram cultivadas por seis semanas em casa de vegetação semi-controlada sob irrigação diária. Uma semana após o transplante, as enxertias foram realizadas e a coleta de dados biométricos ocorreu durante (altura das plantas) e ao final do experimento (massa seca total e dos órgãos das plantas). Enxertos WT com porta-enxertos mutantes mostraram fenótipo aéreo similar às plantas controle auto enxertadas WT/WT. Em plantas com enxertos mutantes, o fenótipo da parte aérea foi similar aos controles auto enxertados mutantes. No caso de gib2/WT e gib1/WT, a reversão parcial do fenótipo da parte aérea foi evidente. Tais resultados foram comprovados ao se determinar altura, taxa de crescimento em altura e massa seca das plantas enxertadas comparadas as auto enxertadas controles. Em relação à massa seca de raiz, o maior acúmulo foi observado em WT/gib2, WT/gib1 e WT/WT, indicando reversão completa no fenótipo da raiz. Corroborando com a afirmação anterior, a razão raiz/parte aérea e partição de biomassa nessas combinações também foram idênticas ao controle auto enxertado WT/WT. Sugere-se neste estudo que as alterações no crescimento da parte aérea e raízes de plantas de tomate foram causadas devido a influência do enxerto ou porta-enxerto WT sobre o metabolismo nos órgãos mutantes deficientes em GAs. ocasionando na reversão parcial ou completa do crescimento. No entanto, mais estudos ainda são necessários para verificar as alterações no metabolismo primário decorrentes da reversão do fenótipo observada e acentuado crescimento dos órgãos de plantas mutantes na biossíntese de GAs. Em adição, identificar se há transporte de GAs ativas ou intermediários da rota de biossíntese de GAs a longas distâncias e sua influência no metabolismo ainda se fazem necessários.
Palavras-chave Solanum lycopersicum, deficiência de giberelinas, crescimento de raízes e parte aérea
Forma de apresentação..... Painel
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