Resumo |
Introdução: Alterações no desenvolvimento infantil podem acarretar problemas na saúde do adulto, sendo fundamental prestar uma assistência de qualidade a este público, enfatizando os cuidados preventivos à saúde durante a gestação e em consultas de puericultura. Em 2015 o governo criou a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança, visando o pleno desenvolvimento durante a infância, a redução de riscos, prevenção de doenças e morte prematura, com atenção às populações vulneráveis. Em 2014, ocorreram mais de 38 mil óbitos de crianças menores de cinco anos de idade, sendo Minas Gerais o segundo estado com maior número de óbitos infantis, 3.557 casos.Em Viçosa, no ano de 2014 foram registrados 10 óbitos infantis em menores de cinco anos, sem causas registradas. Segundo o último levantamento de 2010, do grupo de causas de óbitos infantis no município, constatou que o óbito de 50% das crianças na faixa etária de um a quatro anos resultaram de causas externas.Objetivos:Avaliar os indicadores básicos de saúde nas crianças entre três a cinco anos no município de Viçosa e apresentar os resultados obtidos à Secretaria de Saúde para incentivar a criação de políticas públicas que beneficiem o desenvolvimento saudável das crianças na primeira infância.Metodologia:Estudo transversal de abordagem quantitativa, autorizado pela Prefeitura Municipal e pelo comitê de ética da UFV. Pesquisa realizada entre novembro de 2017 a fevereiro de 2018. Participação de crianças entre três e cinco anos, residentes no município e cujos responsáveis legais aceitaram participar.Os responsáveis preencheram o questionário simplificado e as crianças foram pesadas e medidas.Os dados passam por uma analise descritiva e as crianças são classificadas de acordo com indicadores básicos de saúde e as condições socioeconômicas.Resultados: A amostra foi composta de 95 crianças. Observou-se que 90,5% das gestantes realizaram 6 ou mais consultas, 95,8% realizaram os exames de rotina preconizados, 70,5% realizaram cesariana e 29,5% parto vaginal, constatando a importância do cuidado holístico à gestante, principalmente durante o trabalho de parto. Apenas 20% das mães ofertam aleitamento exclusivo até os 6 meses, 29,5% interrompem o aleitamento antes dos 6 meses e 43,2% das mães relatam dificuldades para amamentar, 31,6% das crianças apresentam risco de sobrepeso/obesidade, estando estes dados correlacionados.Conclusões:O comportamento dos indicadores de saúde infantil do município, estão inerentes aos preconizados pelo MS e OMS, sendo essas informações relevantes para o cenário atual da saúde infantil, visto que podem estimular os gestores locais e os profissionais de saúde a proporem estratégias, como a realização de puericultura em todas as ESFs e medidas de intervenção afim de modificar o quadro apresentado, melhorando assim a qualidade da assistência à saúde das crianças. |