Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11263

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Solos
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Primeiro autor Helen Clara Batista Goncalves
Orientador TEOGENES SENNA DE OLIVEIRA
Título Impactos do manejo florestal mecanizado sobre as propriedades físicas de latossolos argilo-arenosos.
Resumo A mecanização contribui para o aumento na produtividade em sistemas de produção florestal, porém gera alterações nas características do solo, principalmente em suas propriedades físicas. Tais alterações precisam ser avaliadas para garantir a sustentabilidade deste sistema a médio e longo prazo. Desta forma o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos das práticas mecanizadas sobre as propriedades físicas do solo ao longo dos anos, além de sua atenuação por resíduos em superfície. O estudo foi realizado na fazenda da Klabin S/A em Telêmaco Borba - PR, Brasil, em área dominada por Latossolos Vermelhos distróficos argilo-arenosos. Os tratamentos consistiram de dois sistemas de colheita (harvester + forwarder - HF e feller + skidder - FS), juntamente com a renovação do plantio, seguido do manejo de resíduos culturais mantendo 100%,50% e 0% de resíduos, seguido de preparo do solo ou plantio colhido. Foram determinadas em campo a resistência do solo a penetração (RP) e umidade gravimétrica (Uam). Amostras indeformadas foram coletadas em pontos equidistantes a cada 0,50m em transectos perpendiculares as linhas de plantio. Densidade do solo (Ds), porosidade, resistência do solo a penetração (RP), e umidade na capacidade de campo (θcc) foram determinadas nas profundidades 0-0,10; 0,10-0,20; 0,20-0,40 e 0,40-0,60 m. Já a permeabilidade do solo ao ar (Ka), condutividade hidráulica em solo saturado (Ks), pressão de pré-consolidação (σp) e o grau de compactação (GC) nas camadas 0-0,30 e 0,30-0,60 m. Intervalos de confiança e correlações foram calculados considerando probabilidades de até 0,10 e 0,05, respectivamente. A RP foi avaliada por análise geoestatística. A mesma não apresentou dependência espacial nas camadas 0-0,20 e 0,40 m, e em 0,40-0,60 m observou-se dependência fraca para HFR e FSR. As médias de Ds, nas áreas de renovação, foram menores em HFR0 (1,21 kg dm-3) e FSR0 (1,24 kg dm-3) em relação à HFR100 (1,40 kg dm-3), por influência do maior volume de resíduos em HFR100. Nas áreas de condução de plantio a média de Ds foi menor em HFC (1,30 kg dm-3) em comparação a FSC (1,46 kg dm-3), graças ao menor volume de resíduos sobre o solo durante a colheita em FSC. Não foram constatadas diferenças significativas para as médias de RP em HFR e FSR. Porém, as médias (0-0,60 m) em HFC (1,23 MPa) foram significativamente menores que em FSC (2,00 MPa). Porosidade, Ks, Ka, GC e σp não tiveram diferenças significativas, porém estiveram associadas às alterações na Ds e indicaram, conjuntamente, que os diferentes tipos de manejo promoveram alterações na estrutura do solo no curto prazo. Nas presentes condições, as maiores quantidades de resíduos sobre a superfície do solo atenuaram os efeitos degradantes do tráfego na colheita sobre a estrutura do solo e, em contrapartida, em áreas de renovação do plantio, as maiores quantidades de resíduos prejudicaram o resultado final do preparo de solo.
Palavras-chave Solos, Propriedades, Manejo
Forma de apresentação..... Painel
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