Outros membros |
Ana Clara das Chagas Souza, BRUNO RICARDO DE CASTRO LEITE JUNIOR, Ezequiel Dias da Silva, Ianka Maria da Silva, João Vitor Andrade, Mairon Neves de Figueiredo, Thais de Carvalho Maia, Vanessa Lopes de Miranda |
Resumo |
A Extensão Universitária é um processo educativo, cultural e científico no qual os saberes acadêmicos se articulam com as demandas da comunidade favorecendo o desenvolvimento social. O Projeto Rondon (PR) coordenado pelo Ministério da Defesa do Governo Federal tem como objetivos contribuir para o desenvolvimento e o fortalecimento da cidadania do estudante universitário e contribuir com o desenvolvimento sustentável, o bem-estar social e a qualidade de vida nas comunidades carentes. O PR tem como princípio a atuação dos graduandos na resolução de situações problemas reais, nas quais aos docentes cabe o papel de formação e orientação da equipe. Assim, o objetivo deste trabalho é apresentar um diagnóstico e uma reflexão sobre o papel do PR em proporcionar uma vivência profissional para graduandos de todo o país, a partir da realização de trabalhos de extensão voltados ao desenvolvimento social. Para este trabalho, usou-se o estudo de caso da Operação Parnaíba que foi composta por 310 rondonistas de todo o país e que ocorreu de 18 de janeiro a 03 de fevereiro de 2019 no estado do Piauí, em 15 municípios com baixo Índice de Desenvolvimento Humano. A técnica de pesquisa foi a abordagem qualitativa a partir da sistematização dos registros diários da vivência dos graduandos. Cada município contemplado recebeu duas Instituições de Ensino Superior (IES). A Universidade Federal de Viçosa esteve presente com 2 docentes e 8 graduandos de cursos distintos, e atuou em conjunto com a equipe da UNIOESTE do Paraná no município de Nossa Senhora dos Remédios. Durante este período, ambas IES realizaram 114 oficinas em diversos temas, entre os quais: sustentabilidade agropecuária, produção de alimentos e geração de renda, produtos de limpeza e cosméticos naturais, para onde vai o nosso lixo, plantio de água, planejamento municipal, rádio, marketing digital, jornal mural, empreendedorismo, dentre outros. O total de participantes foi de 3.590 pessoas, tendo várias pessoas participado de duas ou mais oficinas. Cada oficina foi realizada somente pelos graduandos favorecendo a construção da autonomia e da responsabilidade. Neste sentido, a extensão universitária cumpriu seu papel de promover impacto na vida dos estudantes, deixando lembranças inesquecíveis. Todavia, quanto à transformação local, uma ação de 16 dias é incapaz de promover mudanças profundas na localidade, se limitando a deixar ideias que a comunidade possa replicar. Assim, entende-se que para os graduandos, não há dúvidas de que a vivência e convivência com situações de extrema pobreza deixa marcas inigualáveis em cada universitário, fazendo-os refletir sobre seu papel no desenvolvimento social do país. Quanto às comunidades atendidas, talvez sejam necessárias ações mais cirúrgicas e duradouras, que sejam capazes de identificar as reais demandas locais, e de construir as soluções junto com a comunidade. |