Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11238

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor João Paulo Lara Alves
Orientador MARCEL FERREIRA BASTOS AVANZA
Outros membros Arthur Neves Passos, JOSE DANTAS RIBEIRO FILHO, Nathalia dos Santos Rosse, Rachel de Andrade Tavares, Talita Oliveira Maciel Fontes, Thiago Augusto Teles de Souza
Título Insuficiência Renal em um equino – relato de caso
Resumo A insuficiência renal crônica (IRC) é um acometimento de baixa prevalência na espécie equina, e decorre da perda da função renal, desencadeando alterações no equilíbrio eletrolítico e ácido base, comprometendo a excreção de metabólitos e compostos nitrogenados. A IRC pode ser classificada de acordo com os achados clínicos e patológicos em doença glomerular primária e doença tubulointersticial primária, sendo esta decorrente de sepse, AINES, aminoglicosídeos, pigmentúria, necrose tubular, pielonefrite, nefrolitíase, hidronefrose, displasia renal e raramente necrose papilar. O objetivo desse trabalho foi relatar um caso de IRC em equino. Uma égua de 18 anos, SRD, com 350 kg, foi atendida no HOV/DVT/UFV com queixa de apatia e prostração. Segundo o proprietário, os sinais iniciaram uma semana antes do atendimento e desde então houve piora gradativa do quadro. Ao exame físico o animal apresentou mucosas hipercoradas com halo cianótico ao redor dos dentes incisivos, desidratação de 7%, motilidade intestinal diminuída, pulso digital forte nos 4 membros, crepitação pulmonar bilateral à auscultação, edema ventral no abdome e sinais de laminite. Foi estabelecido tratamento imediato com hidratação IV com Ringer lactato, ceftiofur (5 mg/kg, SID, IV), gentamicina (6,6 mg/kg, SID, IV), flunixin meglumine (1,1 mg/kg, SID, IV) e crioterapia nos cascos. Nos resultados dos exames laboratoriais detectou-se no hemograma leucocitose por neutrofilia com desvio a esquerda regenerativo, enquanto no exame bioquímico observou-se azotemia, hipercalemia, hipocalcemia, hipofosfatemia e hipercloremia. A diferença de íons fortes (DIF) indicou a presença de acidose metabólica hiperclorêmica. O diagnóstico clínico foi sepse com IRC. Com o intuito de diminuir a hipercloremia, administrou-se 100 gramas de acetato de sódio diluídos em 20 litros de água por via nasogástrica em bolus de 2 litros a cada 30 minutos. No exame ultrassonográfico evidenciou-se perda de definição córtico-medular bilateral e aumento da ecogenicidade, além da presença de líquido subcapsular no rim direito. Decorridos 10 horas do tratamento, o animal persistia em anúria, optando-se pela administração 1 mg/kg de furosemida, sem resultado nas horas subsequentes. Completadas 27 horas de tratamento, o quadro clínico do paciente teve piora significativa, o animal entrou choque séptico e veio a óbito. Na necropsia foi observado hidronefrose, rins friáveis e aumentados de volume, hidrotórax, hidropericárdio, grande volume de sangue no peritônio, petéquias disseminadas nos rins, mesentério e pulmões. No exame histopatológico foi observada nefrite tubulointersticial crônica ativa com infiltrado neutrofílico, piócitos, dilatação tubular, fibroplasia intersticial e hiperplasia epitelial de pelve renal. As causas de IRC em equinos, na maioria das vezes, podem ser difíceis de estabelecer, e devido às alterações de caráter irreversível, o tratamento terapêutico usualmente não é eficaz.
Palavras-chave Cavalos, desequilíbrios eletrolíticos, rins.
Forma de apresentação..... Oral
Gerado em 0,62 segundos.