ISSN | 2237-9045 |
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Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
Nível | Graduação |
Modalidade | Pesquisa |
Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
Área temática | Ciências Humanas |
Setor | Departamento de Ciências Sociais |
Bolsa | FAPEMIG |
Conclusão de bolsa | Sim |
Apoio financeiro | FAPEMIG |
Primeiro autor | Thales Valentim Cupertino |
Orientador | Guillermo Vega Sanabria |
Título | Cidade, estigma e subjetivação na experiência de pessoas HIV positivas na Zona da Mata Mineira |
Resumo | Desde o surgimento dos primeiros casos de HIV e AIDS no Brasil, no início da década de 1980, em São Paulo, esse fenômeno tem sido objeto de atenção da mídia, dos governos e dos especialistas em saúde pública, em geral. A compreensão do HIV, desde então, não tem se restringido apenas ao âmbito clínico e epidemiológico, mas tem envolvido aspectos das relações sociais como a organização espacial da sociedade, a oferta de serviços locais, as condições de moradias, a circulação de pessoas, etc. Assim, as ações do ser humano sobre o ordenamento da sociedade podem possibilitar maior difusão ou diminuição do HIV em seu meio. Conforme apontam alguns autores, a partir da década de 1990, teria-se registrado um processo de “interiorização” do HIV, com o aumento dos casos em cidades de pequeno e médio porte, mais afastadas dos grandes centros urbanos litorâneos. Essa disseminação do HIV chama a atenção no contexto brasileiro, posto que o território nacional se desenvolveu de maneira desigual, gerando para cada região uma realidade diferente para lidar com fenômenos como esse. Por exemplo, certos locais não apresentam o mínimo de infraestrutura hospitalar para levar a cabo o diagnóstico e o tratamento de pessoas vivendo com HIV. O presente trabalho tem como objetivo contribuir na descrição e análise da chamada “interiorização do HIV”. O foco do trabalho são os dados epidemiológicos sobre incidência e prevalência do HIV e da AIDS na região da Zona Mata do Estado de Minas Gerais. Neste caso, observa-se um relativo aumento no número de casos notificados nos principais municípios da região, isto é, nas cidades-polo das sete microrregiões de região. No intervalo de 12 anos entre 2005 e 2016 houve mais casos registrados do que nos primeiros 24 anos da epidemia de HIV (1980 a 2004). Esses dados podem ser considerados, a princípio, da maior concentração de população e do aumento dos fluxos demográficos ocorridos nas cidades-polo microrregionais, assim como à sua importância em termos políticos, econômicos e de infraestruturas, adquirida no processo de maior urbanização do território brasileiro após a década de 1970. |
Palavras-chave | Interiorização do HIV, Zona da Mata Mineira, Geografia |
Forma de apresentação..... | Oral |