Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11225

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Ciências Humanas
Setor Departamento de Ciências Sociais
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Thales Valentim Cupertino
Orientador Guillermo Vega Sanabria
Título Cidade, estigma e subjetivação na experiência de pessoas HIV positivas na Zona da Mata Mineira
Resumo Desde o surgimento dos primeiros casos de HIV e AIDS no Brasil, no início da década de 1980, em São Paulo, esse fenômeno tem sido objeto de atenção da mídia, dos governos e dos especialistas em saúde pública, em geral. A compreensão do HIV, desde então, não tem se restringido apenas ao âmbito clínico e epidemiológico, mas tem envolvido aspectos das relações sociais como a organização espacial da sociedade, a oferta de serviços locais, as condições de moradias, a circulação de pessoas, etc. Assim, as ações do ser humano sobre o ordenamento da sociedade podem possibilitar maior difusão ou diminuição do HIV em seu meio. Conforme apontam alguns autores, a partir da década de 1990, teria-se registrado um processo de “interiorização” do HIV, com o aumento dos casos em cidades de pequeno e médio porte, mais afastadas dos grandes centros urbanos litorâneos. Essa disseminação do HIV chama a atenção no contexto brasileiro, posto que o território nacional se desenvolveu de maneira desigual, gerando para cada região uma realidade diferente para lidar com fenômenos como esse. Por exemplo, certos locais não apresentam o mínimo de infraestrutura hospitalar para levar a cabo o diagnóstico e o tratamento de pessoas vivendo com HIV. 

O presente trabalho tem como objetivo contribuir na descrição e análise da chamada “interiorização do HIV”.  O foco do trabalho são os dados epidemiológicos sobre incidência e prevalência do HIV e da AIDS na região da Zona Mata do Estado de Minas Gerais. Neste caso, observa-se um relativo aumento no número de casos notificados nos principais municípios da região, isto é, nas cidades-polo das sete microrregiões de região. No intervalo de 12 anos entre 2005 e 2016 houve mais casos registrados do que nos primeiros 24 anos da epidemia de HIV (1980 a 2004). Esses dados podem ser considerados, a princípio, da maior concentração de população e do aumento dos fluxos demográficos ocorridos nas cidades-polo microrregionais, assim como à sua importância em termos políticos, econômicos e de infraestruturas, adquirida no processo de maior urbanização do território brasileiro após a década de 1970.
Palavras-chave Interiorização do HIV, Zona da Mata Mineira, Geografia
Forma de apresentação..... Oral
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