Resumo |
Embora o Brasil tenha aumentado significativamente a população de idosos, resultado dos investimentos na área social e da saúde, Creutzberg, Thober e Viegas (2005) afirmam que a sociedade não tem preparo suficiente para efetuar a assistência necessária e adequada aos idosos, manifestando consequências negativas que influem na qualidade de vida dos mesmos. Por outro lado, os projetos de extensão universitária realizados juntos aos idosos, têm possibilitado a integração intergeracional, o conhecimento sobre as especificidades da velhice, bem como o preparo profissional para atuar junto aos idosos. Dessa forma, o presente resumo se insere no projeto de extensão intitulado "Exercitando o cérebro: Jogos e Sociabilidade na Velhice", desenvolvido junto aos idosos que participam do Programa Municipal da Terceira Idade (PMTI) no município de Viçosa-MG. O projeto trata do uso de jogos como estratégia que incentiva a integração, a troca de experiências e conhecimentos entre os idosos, bem como a troca intergeracional entre os idosos e os jovens universitários que participam como bolsistas ou voluntários do projeto. Em termos metodológicos, as oficinas lúdicas são realizadas mediante a aplicação de jogos industrializados como também de jogos confeccionados pelos membros do grupo, de acordo com a demanda dos idosos e com a viabilidade de aquisição dos materiais exigidos em sua confecção. Os resultados parciais do projeto, que se encontra em andamento, evidenciam que os jogos, enquanto atividade cultural, artística, lúdica e interativa, promovem o desenvolvimento cognitivo-motor, a sociabilidade e o resgate da memória, promovendo a integração, a cooperação e o entretenimento entre os participantes, refletindo favoravelmente no processo de envelhecimento saudável, dinâmico e alegre. Tais resultados corroboram a assertiva de Gomes (2004), que destaca que a prática do convívio social contribui para um envelhecimento com saúde, proporcionando autoestima e melhoria na qualidade de vida. |