Outros membros |
Bruna Oliveira Viana, Fernanda Calistene dos Santos Oliveira, Júlia Sena Cabral, Letícia Soares Bueno da Silva, Lisiane Lopes da Conceição, Maria Abreu Gott Cunha, Pedro Faillace Thiesen, TATIANA DO NASCIMENTO CAMPOS |
Resumo |
Introdução: O vegetarianismo pode ser definido como “um tipo de dieta não convencional que exclui da alimentação todos os tipos de carnes, aves, peixes e seus derivados, pode ou não incluir lacticínios ou ovos”. A alimentação vegetariana, quando planejada, é saudável, nutricionalmente adequada e pode trazer benefícios à saúde auxiliando na prevenção e no tratamento de doenças crônicas não transmissíveis. Apesar desses benefícios, por outro lado, a mesma pode resultar em deficiências nutricionais e em importantes distúrbios orgânicos, quando realizada sem um acompanhamento nutricional adequado. Assim, a estruturação de um espaço voltado para orientação e atendimento de pessoas vegetarianas foi o principal motivo para a criação do projeto de extensão Pró Vegetariano. Objetivo: promoção da qualidade de vida dos vegetarianos. Metodologia: Foram realizadas reuniões semanais com bolsista e estudantes de nutrição voluntários do projeto além de reuniões, mensais, com os indivíduos vegetarianos cadastrados. Paralelamente, atendimento nutricional foi oferecido aos participantes do projeto. Resultados: Foram realizadas reuniões mensais com os 95 vegetarianos vinculados ao projeto, nas quais foram compartilhadas as seguintes temáticas: Vitamina B12; como planejar refeições práticas e saudáveis; lanches rápidos; rotulagem de alimentos; vegetarianismo na infância; suplementação de proteínas, bem como oficinas culinárias sobre leites vegetais e cogumelos. Além disso, foi realizado pelo projeto o curso teórico prático: “Como atender vegetarianos?” voltado para estudantes do curso de Nutrição. No que se refere ao acompanhamento nutricional, 95 indivíduos vegetarianos foram contemplados. Dentre estes, 82,1% eram do sexo feminino, com uma média de idade de 24,2 ± 9,5 anos; 21% dos participantes se identificaram como vegetarianos estritos, e a média de tempo de adoção ao vegetarianismo foi de 4,5 ± 6,2 anos; observou-se que 81,1% eram estudantes e 74,7% se encontravam com ensino superior incompleto; a renda disponível era maior do que 2 salários mínimos para 56,8% dos indivíduos; 77,9% dos indivíduos avaliaram sua saúde como boa; 57,9% faziam uso de bebida alcoólica; 12,6% eram tabagistas e 60% realizavam atividades físicas regularmente. Em relação à antropometria, a média de IMC foi de 22,3 ± 3,8kg/m², sendo que 11,6% apresentaram baixo peso e 16,8% sobrepeso. Todas os indivíduos com inadequações alimentares, bioquímicas e antropométricas receberam orientação nutricional individualizada para as correções desses parâmetros. Conclusão: Os resultados parciais indicam impacto positivo das ações na melhoria na qualidade de vida dos vegetarianos, além de auxílio na interação extensão-ensino-pesquisa e na formação de discentes e docentes. |