Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11184

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Biologia Vegetal
Bolsa PROBIC/FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Cleiton Paula da Silva
Orientador SAMUEL CORDEIRO VITOR MARTINS
Outros membros Dênnys Pereira Torres, Leonardo Araujo Oliveira, Moab Torres de Andrade, Talitha Soares Pereira
Título Papel da vulnerabilidade hidráulica na tolerância à seca em soja
Resumo Dentre os diversos fatores bióticos e abióticos capazes de reduzir a produtividade das plantas, a disponibilidade de água no solo é um dos fatores mais limitantes para a produção vegetal. Com isso, a busca por cultivares mais tolerantes à seca tem é objetivo de diversos programas de melhoramento. Aspecto fundamental nessa busca, é o entendimento dos mecanismos pelos quais a seca afeta o desenvolvimento e a produção das plantas. Assim, o presente estudo objetivou entender o papel da vulnerabilidade à cavitação na tolerância à seca em cultivares de soja e sua interação com outras respostas morfológicas e fisiológicas. Plantas de variedade tolerante (Embrapa 48) e sensível (BR16) foram conduzidas no campo. Avaliou-se as características morfológicas: condutância cuticular (gmin); área foliar (AF), área foliar especifica (AFE), espessura foliar (EF) e conteúdo de água (CA). Foram construídas curvas de vulnerabilidade hidráulica (CV); foi mensurado o teor relativo de água (TRA), respiração (RE), fluorescência das clorofilas (Fv/Fm), produção quântica do fotossistema II (YII), dentre outros parâmetros. As variáveis morfológicas não apresentam diferença significativa no Test-t. Ambas cultivares apresentaram cerca de 80% de fechamento estomático antes de se observar embolismos, sugerindo que o controle estomático ocorre de forma a prevenir a falha hidráulica, protegendo a integridade vascular da folha. No entanto, o nível de embolismo no completo fechamento estomático variou entre as cultivares: 20 e 50% de embolismo na BR16 e Embrapa 48, respectivamente. A vulnerabilidade à cavitação, obtida pelo P50, foi maior na BR16 (P50 = -2 MPa) ao passo que a Embrapa 48 foi menos vulnerável (P50 = -2,5 MPa). Em TRA próximo a 48%, equivalente a Ψw = -3 MPa (praticamente 100% de embolismo), as cultivares atingiram 50% de perda em YII. Entre 27 e 30% de TRA, o YII chegou a 80% de queda com 50% de decréscimo na respiração mitocondrial (RE50%). Por fim, observou-se sinais de fotoinibição (Fv/Fm20%) com TRA de 15%, ou seja, antes de ocorrer fotoinibição já existiam vários eventos indicando o colapso do metabolismo da folha. Com isso observa-se que o controle estomático ocorre de modo a prevenir falhas hidráulicas, refletindo no quanto essas falhas são prejudiciais para a funcionalidade metabólica foliar. O que abre espaço para o uso YII como possível ferramenta no melhoramento genético voltado a tolerância ao estresse hídrico
Palavras-chave Estresse hídrico, Soja, Mudanças climáticas
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,64 segundos.