Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável
21 a 25 de outubro de 2019
Trabalho 11178
| ISSN | 2237-9045 |
|---|---|
| Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
| Nível | Pós-graduação |
| Modalidade | Extensão |
| Área de conhecimento | Ciências Biológicas e da Saúde |
| Área temática | Ciências Biológicas |
| Setor | Departamento de Veterinária |
| Conclusão de bolsa | Não |
| Primeiro autor | Rachel de Andrade Tavares |
| Orientador | ERNANI PAULINO DO LAGO |
| Outros membros | Arthur Neves Passos, ARTUR KANADANI CAMPOS, João Paulo Lara Alves, Nathalia dos Santos Rosse, Talita Oliveira Maciel Fontes, Thiago Augusto Teles de Souza |
| Título | Neosporose clínica em bezerro neonato: relato de caso |
| Resumo | A neosporose é causada pelo protozoário Neospora caninum e a sua principal forma de transmissão entre os bovinos é a transplacentária. O sinal clínico mais comum encontrado nos animais adultos é o aborto, entre o quinto e o sexto mês de gestação. Cerca de 95% dos bezerros nascidos de vacas contaminadas são persistentemente infectados, podendo apresentar baixo peso corporal, além de sinais neurológicos. Ao exame clínico esses bezerros podem apresentar dificuldade para se levantar, ataxia, hiperextensão ou hiperflexão dos membros, diminuição do reflexo patelar, exoftalmia e assimetria dos olhos, sendo que a ataxia pode variar desde déficit de propriocepção até paralisia. Não há tratamento efetivo para a doença e nem forma eficiente de erradicação do protozoário, entretanto a retirada de fetos abortados e restos placentários (principal fonte de contaminação para o cão, que é o hospedeiro definitivo), a limitação do acesso de cães nas áreas onde os bovinos ficam e o descarte dos animais soropositivos são importantes medidas de controle. O objetivo desse resumo é relatar a ocorrência de neosporose clínica em um bezerro holandês de dois dias de idade, atendido no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Viçosa (HOV). O proprietário relatou que o animal havia nascido há dois dias e que desde então apresentava dificuldade para levantar, se manter de pé, ataxia nos membros pélvicos e diarreia. Relatou também que a mãe é soropositiva para neóspora. Ao exame físico observou-se ainda exoftalmia, taquipneia e dor abdominal, demonstrando também dificuldade de reconhecimento do ambiente. Realizou-se a coleta de material para sorologia (resultado positivo para neóspora) e iniciou-se o tratamento sintomático, por meio de três aplicações de cada um dos seguintes medicamentos: Dexametasona, 10mg pela via intravenosa (IV) SID; DMSO, 10ml diluídos em 1 um litro de Solução de Ringer com Lactato IV SID; Sulfadoxina, 30mg/kg IV a cada 48h e Toltrazuril, 20ml pela via oral (VO) a cada 48h. O bezerro apresentou melhora expressiva dos sinais neurológicos, começou a se alimentar de forma adequada e os exames laboratoriais se aproximaram da normalidade três dias após o início do tratamento. No entanto, 4 dias após o final do tratamento o animal apresentou piora gradativa do quadro clínico (perda de peso, dificuldade de deglutição, ataxia e diarreia profusa). Por fim, optou-se pela eutanásia 14 dias após a entrada do animal no HOV. No exame macroscópico observou-se congestão encefálica e intestinal, hidrocefalia e hepatomegalia. O prognóstico para a neosporose clínica em bezerros é ruim, principalmente pela falta de medicamentos específicos para o seu tratamento. Deve-se salientar que o maior problema causado pela neosporose é o aborto, já que envolve prejuízos financeiros relacionadas à perda fetal e repetição de cio. |
| Palavras-chave | Neospora, bovinos, aborto |
| Forma de apresentação..... | Oral |