Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11174

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Paula Dutra Ribeiro
Orientador LEANDRO LICURSI DE OLIVEIRA
Outros membros Alessandra de Oliveira Faustino, Daniel Silva Sena Bastos, Palloma Porto Almeida
Título Purificação de lectina BOL de Brassica oleracea var. botrytis através de processos cromatográficos
Resumo Proteínas com a capacidade de se ligar reversivelmente à carboidratos são chamadas de lectinas. Estas proteínas estão envolvidas em diversos processos biológicos como endocitose, tráfego intracelular de glicoproteínas, regulação da migração, adesão celular, fagocitose e no processo de invasão por patógenos. Oriunda de Brassica oleracea var. Botrytis a lectina BOL foi caracterizada bioquimicamente como uma proteína não glicosilada, termoestável até 60 oC e atividade ótima em pH 7 e 8. Ensaios preliminares demonstraram que a fagocitose e a produção de NO por macrófagos foram estimuladas na presença da lectina BOL. Com o presente trabalho objetivamos purificar a lectina BOL em larga escala para posterior realização de ensaios biológicos. Para isso floretes de couve-flor (Brassica oleracea var. Botrytis foram coletados, lavados em água corrente e processados na proporção de 1:9 (100 g de floretes em 900 mL de PBS 10mM, pH 7.4) e permaneceram sob agitação a 4 ºC, durante uma noite. Posteriormente o extrato bruto foi filtrado. O liquido obtido foi denominado EB e foi utilizado para purificação da lectina através de 3 processos cromatográficos sequenciais. O primeiro processo foi a cromatografia de afinidade através da coluna de blue-sepharose onde, 50 ml de EB foram aplicados. A fração ligante, foi eluída com 50 mM de Tris-HCl pH7,4 acrescidos de 1M de NaCl. Em seguida foi realizada a cromatografia de troca iônica, onde o material proveniente da cromatografia de afinidade devidamente dialisado foi submetido a cromatografia em coluna MonoS onde 10 ml de EB-blue foram aplicados. A fração ligante de interesse foi eluída com 50 mM de Tris-HCl pH7,4 acrescidos de 100 mM de NaCl. O material obtido foi finalmente submetido a análise de homogeneidade por SDS-PAGE 12.5% e denominado EB-MonoS. Finalmente a última cromatografia foi a de gel filtração em coluna Sephadex G-200 e sistema FPLC onde 500 μL de solução de EB-MonoS foram aplicados na coluna e frações de 0,5 mL foram coletadas sob um fluxo de 0,5 mL/min. O material final obtido passou por ensaios de hemaglutinação. Comprovada a atividade lectinica foi feita eletroforese em gel de poliacrilamida (SDS-PAGE) para verificar a pureza. O resultado da cromatografia de afinidade utilizando coluna de blue-sepharose, apresentou um pico de absorbância após a injeção de NaCl 1M e utilizando a coluna MonoS apresentou um pico após a eluição com 50 mM de Tris-HCl pH7,4 acrescidos de 100 mM de NaCl. Finalmente o gráfico representativo da cromatografia de gel filtração apresentou um pico que continha a lectina de interesse. Demais picos representam outras moléculas. Após as observações do gel constatou-se a eficácia dos processos de purificação aos quais o extrato bruto de Brassica oleracea foi submetido.
Palavras-chave Cromatografia, proteína, lectina
Forma de apresentação..... Painel
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