Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11170

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Primeiro autor Letícia Soares Bueno da Silva
Orientador MARIA SONIA LOPES DUARTE
Outros membros Bruna Oliveira Viana, Fernanda Calistene dos Santos Oliveira, Júlia Sena Cabral, Maria Abreu Gott Cunha
Título Estado nutricional de indivíduos atendidos pelo projeto Pró Vegetariano da Universidade Federal de Viçosa, Viçosa-MG
Resumo Segundo a Sociedade Vegetariana Brasileira, “vegetariano é todo aquele que exclui de sua alimentação carne, aves, peixes e derivados, podendo ou não utilizar lacticínios ou ovos". O consumo alimentar normalmente verificado nesta população é de menor ingestão calórica, de gorduras saturadas e colesterol, e maior ingestão de gorduras insaturadas, fibras e fitoquímicos, devido ao maior consumo de frutas, vegetais, grãos integrais e sementes. Como consequência, os vegetarianos têm apresentado melhores indicadores de saúde em diversos estudos populacionais quando comparados aos onívoros. O objetivo deste estudo foi avaliar o estilo de vida, o perfil antropométrico e o consumo alimentar de vegetarianos residentes em Viçosa-MG. Foi aplicado um questionário semiestruturado, durante entrevista realizada por entrevistadores treinados, contendo questões sobre as condições socioeconômicas e hábitos de vida. Também foram coletados dados antropométricos e de consumo alimentar, através da aplicação de três recordatórios 24h. Foram avaliados 92 indivíduos, 81,5% do sexo feminino, com idade média de 24,2±9,7 anos, em sua maioria estudantes (80,4%), com o ensino superior incompleto (76,1%) e com renda familiar de mais de 2 salários mínimos (56,6%). Em relação ao tipo de alimentação adotada, 19,6% se identificaram como veganos, com um tempo médio de adoção ao vegetarianismo de 4,2±5,7 anos. A saúde era considerada boa por 77,2%, 56,5% consumiam bebidas alcoólicas, 13,0% eram tabagistas e 58,7% praticavam exercícios físicos regularmente. A média do IMC foi de 22,3±3,8kg/m², sendo que 11,9% dos indivíduos apresentaram baixo peso e 17,4% sobrepeso. A média de perímetro da cintura (PC) foi de 78,4±9,9cm, com 17,4% dos indivíduos acima dos valores recomendados, e o mesmo ocorreu com 31,5% dos indivíduos na relação cintura/estatura (RCE) e 15,2% na relação cintura/quadril (RCQ), cujos valores médios foram de 0,48±0,07 e 0,81±0,06, respectivamente. A média de ingestão calórica foi de 1699±504kcal, e a distribuição dos macronutrientes se mostrou adequada em 73,9% dos indivíduos para carboidratos, 77,2% para proteínas, 73,9% para lipídios totais e 65,2% em relação as gorduras saturadas. Para colesterol, 78,3% consumiram abaixo de 300mg e para fibras, 48,9% alcançou a recomendação de acordo com sexo e idade. O percentual de adequação dos micronutrientes foi de 6,5% no consumo de cálcio, 57,6% de ferro, 46,7% de sódio, 66,3% de vitamina C e 23,9% de vitamina B12. O consumo de proteínas avaliado em gramas por quilo de peso corporal apresentou média de 0,86±0,29g/kgPC, sendo que 57,6% dos vegetarianos atingiram a recomendação de 0,8g/kgPC. A população estudada tem baixo percentual de adequação quanto à ingestão proteica e dos micronutrientes avaliados, o que evidencia a necessidade de orientação nutricional individualizada realizada por profissional capacitado e ações de educação alimentar voltadas para esse público.
Palavras-chave Dieta vegetariana, estado nutricional, consumo alimentar
Forma de apresentação..... Oral
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