Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11163

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Ciências Humanas
Setor Departamento de História
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Cassiane Souza dos Santos
Orientador VANESSA LANA
Título Perfil sociodemográfico da Gripe Espanhola em Campos dos Goytacazes (1918-1919)
Resumo Produto de natureza historiográfica, este estudo busca compilar e analisar a sociodemografia dos óbitos registrados durante a Gripe Espanhola, que irrompeu na cidade de Campos dos Goytacazes – no estado do Rio de Janeiro, entre outubro de 1918 e fevereiro de 1919, e que levou, pelo menos, 833 pessoas à morte (cerca de 0,9% da população da época). Entendendo que a citada epidemia não atingiu a todas as camadas sociais da mesma maneira, em razão de fatores como resistência orgânica, por exemplo, parte-se da questão: qual o perfil social das vítimas fatais da Influenza em Campos dos Goytacazes nos anos de 1918 e 1919? A hipótese sugere que as consequências da Gripe Espanhola foram mais nefastas entre negros e pardos residentes em regiões distritais e periféricas da cidade. Nesse sentido, objetivou-se compreender e desenhar as especificidades sociodemográficas da Gripe em Campos, pela observação de fatores como raça e espaço geoeconômico. Do ponto de vista metodológico, a Influenza de 1918 foi um dos surtos de caráter infeccioso mais devastadores já registrados desde o início da história moderna, com o número estimado de 20 a 100 milhões de mortes em todo o mundo. Em território nacional, essa quantia teria avançado a cifra de 35 mil vítimas, de acordo com dados do Instituto Butantã de São Paulo. Historiadores como Gilberto Hochman e Claudio Bertolli Filho apontam que a alta taxa de morbidade da doença teria criado a falsa sensação de que a sociedade tenha sido afetada igualmente durante a pandemia de Gripe Espanhola. Contudo, passados 100 anos desde o flagelo epidêmico, pouquíssimos trabalhos se dedicaram a delinear e compreender a letalidade, sobretudo no interior do país. Nosso corpus documental constitui-se de registros de óbito, produções memorialísticas e mídia impressa. Para o alcance da proposta, tomaremos por empréstimo conceitos oriundos da epidemiologia social. A força da pesquisa opera na Nova História das doenças, e Samuel C. Adamo é o nosso principal interlocutor.
Palavras-chave Gripe Espanhola, Sociodemografia, Campos dos Goytacazes
Forma de apresentação..... Painel
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