Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11126

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Luiza Braga Figueiredo
Orientador BRUNNELLA ALCANTARA CHAGAS DE FREITAS
Outros membros Juliana Campos Rodrigues Fossa, Marina Bonani Montingelli, Sarah Pereira Souto Maia, Úrsula Monteiro Bosser
Título Morbidade em pré-termos acompanhados na atenção secundária
Resumo Introdução: Os prematuros estão expostos a condições de morbidade em diversas fases da vida, o que implica na necessidade de seu acompanhamento em serviço de referência, visando uma assistência integral que permita a detecção de agravos e adoção de intervenções. Objetivos: detectar as morbidades ocorridas entre prematuros acompanhados em serviço de referência secundária. Métodos: Estudo transversal descritivo de dados de prontuários de prematuros acompanhados em serviço de referência secundária para uma região de saúde, de 2010 a 2017 (n=276). Os prontuários de atendimento são semiestruturados, fato que possibilitou obtenção de dados de forma confiável para o presente estudo. O CEAE é o único serviço de referência para atendimento a prematuros de Viçosa e região de saúde, atendendo 20 municípios e uma população aproximada de 227.203 pessoas. O número anual de nascidos vivos no município de Viçosa variou no período entre 632 e 959 e as taxas anuais de prematuridade variaram entre 8,8 e 9,9 %. O atendimento é feito pela equipe interdisciplinar, composta por profissionais das áreas de pediatria, enfermagem, nutrição, psicologia, fisioterapia e assistência social, e tem convênio com a Universidade Federal de Viçosa. Para análise descritiva, as variáveis quantitativas do estudo foram apresentadas em mediana e intervalo interquartílico, após o teste Kolmogorov-Smirnov, e as variáveis qualitativas foram descritas em valores absolutos e percentuais, considerando-se os dados válidos. Resultados: A mediana de idade materna foi 27 anos, 45,3% das mães eram provenientes de outros municípios e 34,1% estudaram até o ensino fundamental. Quanto aos prematuros, 15,8% eram pequenos para a idade gestacional e 22,5% tinham menos de 32 semanas gestacionais. Ficaram internados na unidade de terapia intensiva neonatal 74,6% e, destes, 5,8% evoluíram com displasia broncopulmonar e 15% foram hemotransfundidos. Dos prematuros avaliados, 42,4% completaram acompanhamento ambulatorial até pelo menos os 12 meses de idade gestacional. Observou-se que os prematuros coabitavam com a mediana de três pessoas e que 36,5% coabitavam com tabagistas. Quanto às morbidades, detectou-se que 14,7% dos prematuros foram hospitalizados, principalmente por causas respiratórias, que 22,4% apresentaram pelo menos um episódio de sibilância, e que a anemia ferropriva e deficiência de ferro ocorreram em, respectivamente, 39,2% e 43% da população. Observaram-se erros alimentares em 41,7% e uso de leite de vaca antes de um ano de idade em 30,2%. Conclusão: O estudo identificou frequência relevante de problemas respiratórios, anemia ferropriva e deficiência de ferro entre os prematuros e destacou os também frequentes convívio com tabagistas e erros alimentares. Os resultados sinalizam que, por meio do acompanhamento em serviço de referência, devem ser realizadas a identificação dos fatores associados e a adoção de estratégias visando à promoção de saúde, prevenção e tratamento dos agravos.
Palavras-chave Doenças do prematuro, Anemia ferropriva, Doenças respiratórias
Forma de apresentação..... Painel
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