Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 11122

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG, Outros
Primeiro autor Letícia Costa Peres
Orientador ANGELICA DE CASSIA OLIVEIRA CARNEIRO
Outros membros Amanda Ladeira Carvalho, Evânderson Luis Capelête Evangelista, Humberto Fauller de Siqueira
Título Secagem de toras de madeira em fornos de carvão vegetal utilizando os gases combustos do queimador
Resumo O Brasil destaca-se no mercado mundial como o maior produtor de carvão vegetal. Minas Gerais detém o maior parque siderúrgico movido a carvão vegetal do mundo. As estratégias que resultem em aumento na eficiência da produção de carvão vegetal, além de alternativas econômicas, representam benefícios ambientais por incentivar a redução dos gases, eliminando o impacto social e ambiental por eles causado. Deste modo, o presente trabalho teve como objetivo principal o estudo da secagem da madeira dentro do forno de produção de carvão vegetal, aproveitamento a energia contida nos gases combustos do queimador, de forma a minimizar a etapa endotérmica do processo de carbonização da madeira, tendo como consequência o aumento do rendimento gravimétrico em carvão vegetal. Para atingir os objetivos utilizou-se o sistema forno-fornalha, composto de quatro fornos circulares de superfície, conectados por dutos a uma fornalha de alvenaria. Para a secagem, foi utilizada madeira de Eucalyptus spp. com 7 anos de idade, classe de diâmetro de 9 a 15 centímetros. Os gases combustos utilizados para secagem tinham temperatura média de 120°C, e esses foram inseridos para dentro do forno em diferentes tempos, a saber: 15, 30, 45, 60 e 120 horas, contínuas, de modo, obter o melhor tempo de secagem da madeira dentro do forno. Da madeira, determinou-se a densidade básica, umidade, composição química estrutural e imediata, relação cerne/alburno e poder calorífico superior. Para avaliar a efetividade da secagem da madeira dentro do forno, avaliou-se a redução no teor de umidade da madeira, a perda de massa de água total da carga de madeira, além da homogeneidade da secagem, avaliado pela posição das toras dentro do forno. Verificou-se que os tempos de 15 e 30 horas de secagem foram mais efetivos para redução do teor de umidade da madeira. Deste modo, procedeu-se a secagem e depois a carbonização para verificar o ganho em rendimento gravimétrico em carvão vegetal. O monitoramento da temperatura do forno deu-se a partir de cilindros metálicos instalados, usando sensor infravermelho de temperatura, com a temperatura máxima final de carbonização de 380ºC. Após o resfriamento do forno, procedeu o descarregamento e pesou-se o carvão vegetal para obtenção do rendimento. Conclui-se que o rendimento aumentou, em média 11,5%, nas carbonizações com secagem dentro do forno quando comparadas a testemunha, assim como o teor de carbono fixo; sendo que o tempo de secagem de 30 horas apresentou os melhores resultados para as propriedades do carvão vegetal, com ganhos superiores a 14%. A secagem da madeira dentro do forno se mostrou uma técnica viável para ganho em rendimentos gravimétricos em carvão vegetal como forma de abater aos custos com a construção do queimador, evidenciando a tendência das unidades produtoras de carvão vegetal no Brasil, ou seja, uso de queimadores para redução de emissões atmosféricas e a energia gerada pelos mesmos sendo usada para secagem da madeira
Palavras-chave Rendimento gravimétrico, carbono fixo, siderurgia
Forma de apresentação..... Oral
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