Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 9998

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Thaís de Melo Pacheco
Orientador SYLVIA DO CARMO CASTRO FRANCESCHINI
Outros membros Aline Carare Candido, Francilene Maria Azevedo, Larissa Pereira Lourenço
Título Retardo do início da amamentação em mulheres com parto cesáreo: análise de associação
Resumo O leite materno supre adequadamente as necessidades nutricionais e hídricas do recém-nascido, promovendo crescimento e desenvolvimento harmoniosos, por isso deve ser ofertado exclusivamente até os seis meses de vida. Já o aleitamento nas primeiras horas de vida, protege contra infecções e reduz a mortalidade neonatal. No entanto, partos cesarianos realizados precocemente, dificultam a ejeção do leite e levam a maior utilização de formulas infantis. Em um parto normal fisiológico, são liberados hormônios que beneficiam a descida do colostro e a amamentação, a chamada lactogênese. Desde 1985, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que a taxa ideal de cesarianas seja entre 10% e 15% em um país. Porém, dados de 2011 mostram que 53,7% dos partos realizados no Brasil foram cesáreos, sendo a maior taxa do mundo. O objetivo foi analisar a associação entre o tipo de parto e o retardo do início do aleitamento materno. Trata-se de um estudo transversal que foi realizado no município de Viçosa, Minas gerais. A amostra foi de 5.611 mães orientadas pelo Programa de Apoio a Lactação (PROLAC), entre outubro de 2012 a março 2018. O programa é uma iniciativa do Departamento de Nutrição e Saúde da Universidade Federal de Viçosa em parceria com o Hospital São Sebastião do município. Criado em agosto de 2003, ele tem por objetivo incentivar e apoiar as mães na prática da amamentação, orientar no período pós-parto e acompanhar o binômio mãe-filho no primeiro ano de vida. As variáveis analisadas foram idade da mãe, sexo da criança, tipo de parto e aleitamento materno nas primeiras horas de vida. Os dados foram processados e analisados no software SPSS versão 23.0. A caracterização da amostra foi feita utilizando-se distribuição de frequências e estimativas de medidas de tendência central e de dispersão. Foi realizado o teste Qui Quadrado para verificar a associação entre as variáveis. O nível de significância adotado foi α < 5%. A idade média das mães foi de 27,24 (6,55) anos, sendo que 14,4% (n = 807) eram adolescentes. A prevalência de cesarianas foi de 69,7% (n = 3912), sendo que do total de mães, 15,05% (n = 845) não amamentou nas primeiras horas de vida. Houve uma redução na prevalência de cesarianas no decorrer dos anos avaliados, sendo de 75,5% (2012), 74,6% (2013), 70,9% (2014), 66,4% (2015), 68,4% (2016), 70,2% (2017) e 68,6% (2018). Observou-se associação entre o tipo de parto e o aleitamento materno com p = 0,002. Dentre as mães que tiveram parto cesáreo, 16,05% (n = 628) não amamentaram nas primeiras horas, enquanto que para mães de parto normal, este percentual foi de 12,77% (n = 217), p<0,05. Portanto, existe relação entre o tipo de parto e o retardo no início do aleitamento materno, uma vez que a prevalência de amamentação nas primeiras horas de vida são maiores no parto normal, quando comparadas a cesárea.
Palavras-chave Amamentação, leite materno, parto
Forma de apresentação..... Painel
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