Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 9995

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Biologia Geral
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Karoline Hellen Madureira de Melo
Orientador ANESIA APARECIDA DOS SANTOS
Outros membros Gislaine Aparecida Purgato, Jefferson Viktor de Paula Barros Baêta, MARISA ALVES NOGUEIRA DIAZ
Título Estudo inicial do efeito citotóxico in vitro de extratos de Salvia officinalis contra células de câncer de pele tipo melanoma utilizando linhagem B16F10
Resumo O melanoma é um tipo de câncer de pele que tem origem nos melanócitos e, embora seja de baixa incidência apresenta grande possibilidade de metástase e alta taxa de mortalidade. A probabilidade de sobrevivência depende do estágio em que a doença se encontra e as opções terapêuticas são limitadas no quesito de melhorar a qualidade de vida ou a sobrevivência dos pacientes. A busca de novos compostos com ação antitumoral é essencial pois muitos dos já existentes são inviabilizados por estarem associados com toxicidade e causarem efeitos prejudiciais à maior parte dos pacientes. No Brasil, apesar da grande biodiversidade, a investigação das espécies vegetais ainda é baixa quanto aos potenciais terapêuticos. Muitas propriedades medicinais existentes em plantas são utilizadas no tratamento de doenças, principalmente no que se refere ao conhecimento popular. Na medicina popular, a Salvia officinalis é utilizada em preparações de chá e infusões, por suas diversas propriedades terapêuticas. A planta constitui uma fonte rica de compostos flavonoides, exibindo uma alta atividade antioxidante e possivelmente alguma atividade citotóxica. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito in vitro do extratos de S. officinalis contra células de melanoma da linhagem B16F10. O material vegetal de S. officinalis foi coletado no Grupo Entre folhas (UFV). As folhas foram limpas e secas a 45°C por 72h e depois trituradas. Os extratos foram obtidos por maceração exaustiva (até o esgotamento da droga vegetal) e sequencial com solventes em ordem crescente de polaridade (hexano, diclorometano e etanol), entre cada solvente a droga vegetal foi seca antes de ser novamente macerada com o próximo solvente. Os extratos então foram concentrados utilizando um rotaevaporador. Células B16F10 de melanoma foram cultivadas em meio DMEM. Para avaliação do efeito citotóxico utilizando o ensaio por MTT, uma concentração de 104 células foram plaqueadas por poço, em placa de 96 poços, e incubadas a 37 °C e 5% de CO2. Após 24 hs, o meio de cultura foi substituído por meio contendo os extratos de S. officinalis em diferentes concentrações (entre 0 e 100 µg/mL), e em triplicata. Após 48 hs de exposição das células ao extrato, o meio foi retirado e as células foram incubadas com MTT por 2 hs, com posterior adição de DMSO e leitura a 570 nm para determinação da porcentagem de morte celular. Os resultados obtidos demonstraram que a porcentagem de morte celular foi diretamente proporcional a concentração dos extratos,apresentando valores de IC50 de 59,97µg/mL para o extrato etanólico, 10,64 µg/mL para o extrato de diclorometano e 24,95 µg/mL para o extrato de hexano. Entre os três extratos o que apresentou melhor atividade foi o extrato de diclorometano. Estes resultados mostram que os extratos de S. officinalis possuem atividade citotóxica contra células de melanoma e que estes são possíveis candidatos para o desenvolvimento de novos agentes terapêuticos baseados em produtos naturais.
Palavras-chave Câncer, Salvia, citotoxicidade.
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,65 segundos.