Resumo |
O controle químico é o principal método utilizado no controle da Plutella xylostella na cultura da canola. Entretanto, a aplicação de inseticidas pode ser um fator de risco para as populações de inimigos naturais. O uso de inseticidas seletivos é uma das formas de preservar as populações destes organismos benéficos. Entre os inimigos naturais de P. xylostella está o percevejo predador Orius tristicolor. Apesar da importância desse tópico, há poucos estudos visando determinar a seletividade em favor de O. tristicolor de inseticidas usados no manejo de P. xylostella. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi determinar a seletividade de inseticidas comerciais utilizados no controle de P. xylostella para o percevejo predador O. tristicolor. O trabalho foi conduzido no Laboratório de Manejo Integrado de Pragas da Universidade Federal de Viçosa. O delineamento utilizado foi o delineamento inteiramente casualizado com seis repetições para cada tratamento. Cada repetição foi composta de uma placa de petri, contendo a folha de canola tratada com o inseticida na dose recomendada. Em cada placa foram colocados 10 insetos e alimento. Os tratamentos foram os inseticidas: bifentrina, clorfenapir, clorantraniliprole, ciantraniliprole, espinosade, espinetoram, indoxacarbe e a testemunha. Os dados de mortalidade foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste Tukey a 5% de probabilidade. O inseticida bifentrina foi o mais tóxico a O. tristicolor (100% de mortalidade). Espinosade, espinetoram e clorfenapir também causaram altas mortalidades ao percevejo predador (96,67, 93,15 e 86,25% respectivamente). O inseticida ciantraniliprole causou mortalidade intermediaria (36,67%). Já clorantraniliprole e indoxacarbe causaram mortalidade inferior a 30% e, portanto, foram considerados seletivos. Desta forma, os inseticidas clorantraniliprole e indoxacarbe podem ser utilizados nos programas de manejo integrado de pragas na cultura da canola por apresentarem menor toxicidade a O. tristicolor. |