Resumo |
Projetos baseados no desempenho da edificação são cada vez mais utilizados como uma metodologia de projeto em arquitetura e os avanços computacionais do século XXI permitem que sejam desenvolvidos softwares e ferramentas capazes de integrar processos de modelagem paramétrica e eficiência energética nas edificações. Este trabalho teve por objetivo avaliar o potencial de integração do DIVA, um software capaz de realizar simulações luminosas dinâmicas, às simulações energéticas do Archsim/EnergyPlus, por meio de padrões de disponibilidade de iluminação natural nos ambientes. Os ambientes foram condicionados artificialmente com sistemas de iluminação e ar, sendo que para o sistema de iluminação foi considerada a utilização de dimers, que permitem a regulagem da intensidade luminosa de acordo com a necessidade do usuário, já para o sistema de ar, foi utilizado o tipo Ideal loads nos ambientes de permanência prolongada. Avaliou-se também a utilização de algoritmos genéticos durante o processo de otimização, atentando para o tempo e a forma de convergência dos parâmetros e objetivos. Foi elaborado, portanto, um problema multiobjetivo com intuito de maximizar a ocorrência de luz natural nos ambientes e minimizar o consumo energético com sistemas de iluminação artificial e ar condicionado. Foram parametrizados 2 casos, sendo o Caso Base correspondente a forma real da edificação e o Caso Inicial ao edifício com modificações nas aberturas da fachada principal e acréscimo de elementos de proteção solar. O processo de OBS foi iniciado após a simulação do Caso Inicial, no entanto foi encerrado quando completada a 54ª Geração, totalizando 7293 indivíduos. A melhoria no desempenho luminoso e energético da edificação foi percebida já na fase de simulação do Caso Inicial, pois houve uma melhor distribuição da luz natural no ambiente e uma redução de 14% no consumo energético do edifício. No Caso Otimizado, observou-se uma pequena melhoria em relação ao Caso Inicial, onde houve uma melhoria de 22% no valor de UDIm, bem como uma redução de 6% no EUI. |