Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 9957

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG, FUNARBE
Primeiro autor Danielle Dias Cardoso
Orientador SIMON LUKE ELLIOT
Outros membros Farley William Souza Silva
Título EFEITOS DA TEMPERATURA E DENSIDADE POPULACIONAL SOB O FENÓTIPO E A SUSCEPTIBILIDADE A PATÓGENOS EM LAGARTA-DA-SOJA (Anticarsia gemmatalis)
Resumo Fatores ambientais, como temperatura e densidade populacional, interferem na dinâmica da transmissão de patógenos em populações de insetos. A interação entre os dois fatores ambientais pode afetar direta e indiretamente as defesas imunes de insetos, e consequentemente o ataque de microrganismos patogênicos. Anticarsia gemmatalis (Lepidoptera: Noctuidae) é uma importante praga agrícola, e possui plasticidade fenotípica dependente da densidade populacional, mudando aspectos morfológicos e fisiológicos como o investimento imunológico. Esses dois aspectos fenotípicos estão intimamente ligados; por exemplo: larvas criadas em altas densidades populacionais apresentam maior frequência de larvas escuras (i.e. maior melanização cuticular) e maior investimento imune. Essa é uma forma de diminuir o risco de transmissão de doenças entre co-específicos, fenômeno conhecido como Profilaxia Dependente de Densidade. No presente estudo, investigamos como a interação entre temperatura e densidade populacional afeta a expressão fenotípica e a susceptibilidade a patógenos em larvas de A. germmatalis. Assim que eclodiam, larvas foram criadas em duas densidades populacionais (i.e. 1 ou 8 larvas/pote) em potes contendo dieta artificial, acondicionados em câmaras com gradiente de temperatura (20, 24, 28 ou 32º C). Aqui foram avaliados dois parâmetros: (i) a frequência de fenótipos expressos e (ii) susceptibilidade de larvas a baculovirus (AgMNPV). Larvas criadas em alta densidade populacional (i.e. 8 larvas por pote) apresentaram maior proporção do fenótipo escuro em temperaturas acima de 24 ºC. Isso indica que temperaturas inferiores podem ter um efeito prejudicial no processo de pigmentação cuticular. A sobrevivência de larvas inoculadas com baculovirus foi afetada pela temperatura de criação, i.e. menor sobrevivência em temperaturas maiores; mas não pela densidade populacional. Encontramos que fatores ambientais podem afetar significativamente a expressão fenotípica, possivelmente as defesas imunes, e por consequência o desempenho de larvas de A. gemmatalis infectadas com patógenos. Em um cenário de campo, com aumento de temperatura ambiental, poderia ocorrer seleção para populações de A. gemmatalis com desenvolvimento mais rápido o que reduziria a eficácia do agente de controle biológico, baculovirus. Por ser praga de culturas agrícolas importantes, especialmente a soja, entender o efeito de fatores ambientais torna-se significativo em uma perspectiva de mudanças climáticas globais.
Palavras-chave Entomopatógenos, mudanças comportamentais, defesa imune.
Forma de apresentação..... Painel
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