Resumo |
O Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA discorre sobre a efetivação da proteção da criança e do adolescente nos Capítulo I e II, que versa sobre a garantia da vida e saúde. Também, destaca o papel das políticas públicas para efetivação e garantia do direito à vida e a um desenvolvimento sadio e em condições de dignidade. Nesse aspecto, se destaca as “famílias acolhedoras” para garantir redução da vulnerabilidade, considerando principalmente, violação de direitos pela família de origem. Nesse estudo objetivou-se, compreender os aspectos relacionados à Política Pública "Família Acolhedora" e o papel que assume no atendimento e na preparação para o retorno dos acolhidos à família biológica ou substituta, no município de Viçosa, MG. A pesquisa teve a perspectiva exploratória que utilizou como método de coleta de dados a entrevista semi-estruturada, utilizando o modelo da História Oral. Os dados foram analisados pelo IRaMuTeQ e apresentados utilizando para tal a nuvem de palavra, que consiste no agrupamento de palavras pela frequência nos textos analisados e sua significância para explicar o fenômeno estudado. Cabe destacar que, as sete entrevistas foram agrupadas em um único corpus. O público estudado foi adolescentes e adultos atendidos pela política no município. A partir da análise pelo IRaMuTeQ as palavras: família, gente, criança, filho, saber, mãe, ajudar, falar, acolhedor, acolher, querer, abrigo, precisar, conversar, cuidar, semana, acompanhamento, amor, aceitar, Deus, jovem, receber, guardar, preparação, foram as que se destacaram. O que se depreende das mesmas é que, tanto os jovens quanto as famílias descrevem o processo de acolhimento em uma perspectiva afetiva. E foi comum nos relatos, atribuir a partir das palavras destacadas, o que historicamente se apercebe como família, ou seja, família é lugar de afeto e proteção. O que evidencia a efetividade da política na garantia dos direitos básicos do ECA, bem como, nas relações de cuidado que se desvelam no contexto da política “família acolhedora”. Ressalta-se que, a nuvem de palavras, evidenciou o que precisa ocorrer no processo de acolhimento e acompanhamento pelas famílias para que se institua o princípio da política família acolhedora (ajudar, acolher, querer, abrigo, precisar, conversar, cuidar, acompanhamento, amor, aceitar, receber, guardar, preparação). A referida política apresentou-se como um instrumento capaz de favordecer e fornecer às crianças e adolescentes atendidos e em situação de vulnerabilidade, a garantia de um crescimento e desenvolvimento sadio, bem como a inserção destas em um ambiente que garanta a efetivação das relações de cuidado e amparo. Isso foi evidenciado no estudo considerando os sujeitos da pesquisa. |