Resumo |
INTRODUÇÃO: Os Agentes Comunitários de Saúde possuem papel essencial na Atenção Básica, pois são o elo entre a equipe de saúde e a comunidade. Suas atribuições estão descritas na Portaria n 1.886/1997, como o conhecimento do território e a prevenção e promoção da saúde por meio de ações educativas realizadas em domicílio ou junto às coletividades. Assim, é essencial que esses profissionais possuam aliado ao conhecimento teórico e prático, uma saúde mental estável, a fim de proporcionar qualidade, rendimento e satisfação pessoal nas ações desenvolvidas no trabalho. OBJETIVO: Relatar a experiência da atividade extensionista com os Agentes Comunitários de Saúde, destacando a prática e importância do cuidado com à saúde mental dos mesmos. MÉTODO: No dia 29/10, no IMAS, foi ministrada uma oficina sobre Saúde Mental, pelos membros do projeto, em parceria com uma psicopedagoga, psicodramatista, especialista em orientação familiar e mediadora de conflitos; com o intuito de apoiar a campanha do Setembro Amarelo, valorizar da vida, e prevenir o suicídio. A oficina, enfatizou a saúde mental dos agentes comunitários e utilizou de ferramentas ativas e participativas para realizar a manutenção do bem-estar mental dos mesmos. No primeiro momento, a psicopedagoga realizou uma dinâmica, em que todos os agentes deveriam escrever em papéis e colocar no meio da roda em que se encontravam, sentimentos relacionados ao seu trabalho. O objetivo dessa estratégia foi elencar os sentimentos de insatisfação dos agentes, para posteriormente serem externados e discutidos. No segundo momento, foram escolhidos alguns desses sentimentos e realizado um psicodrama, em que as próprias agentes encenavam as situações do cotidiano, e a psicopdedagoga atuava como mediadora de conflitos. O objetivo dessa estratégia foi a interação entre as participantes através de situações em comum, e propiciar um desabafo acerca das mesmas. Por fim, foi perguntado a todos como se sentiam após as atividades, e realizou-se durante alguns minutos exercícios de respiração e relaxamento. O objetivo dessa estratégia foi conceder tranquilidade após relembrar momentos de estresse e desgaste emocional. Em todos os momentos a equipe estimulava os agentes a se comunicarem, e explicavam passo a passo, todas as etapas. RESULTADOS: Notou-se a eficácia de promover o diálogo acerca da saúde mental dos agentes comunitários. Os mesmos tiveram a possibilidade de refletir sobre si mesmos e sobre sua atuação no serviço de saúde, possibilitando assim uma partilha de vivências e empatia com outros ACS’s, além de autorreflexão. CONCLUSÃO: A oficina foi dialógica e participativa e contribuiu para realizar a manutenção, e prevenção, dos agravos mentais nos ACS’s. Por meio de uma abordagem interativa, estes passaram a se apoderar de conhecimento quanto aos seus próprios sentimentos e relacionados à sua prática de trabalho podendo assim, desenvolver mudanças significativas para melhorar sua qualidade de vida e do seu serviço. |