Resumo |
Incluindo a sexualidade como um elemento essencial na saúde, compreende-se a sua importância dentro do contexto escolar, considerando que a família não deve ser a única responsável pela educação sexual dos adolescentes. Contudo, o tema sexualidade é considerado um tabu para os pais e sociedade que muitas vezes não se sentem preparados para debater sobre o assunto, cabendo aos professores e profissionais de saúde tal tarefa. Ressalta-se que, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), o ensino da sexualidade deve ser inserido na grade curricular das escolas dentre todas as áreas de conhecimento. Os livros de ciências biológicas, em sua maioria do 8º ano até o 1º ano do ensino médio, predispõem de imagens e conteúdo que orientam o professor neste tema, no entanto, os mesmos ainda não possuem informações satisfatórias para realizarem uma formação de qualidade para estes alunos, visto que, seus ensinos possuem foco no aspecto biológico da sexualidade e não em todos os valores que a envolvem. Diante destas considerações, e em decorrência de uma necessidade de capacitação dos professores para ensino sobre sexualidade, percebe-se uma precisão da inserção do enfermeiro nas escolas para o ensino. O objetivo proposto é de demonstrar a importância do profissional de saúde na capacitação dos professores para o ensino sobre sexualidade. Foi realizado uma revisão de literatura em 10 artigos que abordaram o tema nos últimos 10 anos. Percebe-se que, os professores ao ensinar sexualidade, acabam dando ênfase à abordagem biológica, com conteúdo de anatomia e fisiologia reprodutiva, como demonstrado em muitos estudos. Por sua vez, se faz necessária inclusão de outros saberes no ensino sobre sexualidade, abordando valores, gênero e questões relacionadas a preconceitos. O profissional enfermeiro é habilitado em educação em saúde, ensinando diversos temas de maneira dinâmica, e é capaz de reconhecer os sinais de fragilidade nos adolescentes quando se trata de Infecções Sexualmente Transmissíveis, uso de preservativos e a gravidez na adolescência. É ainda importante ressaltar que o ensino da sexualidade vai muito além do uso do preservativo e sim de como compreender o seu uso. Por isso, estratégias de diálogo com o adolescente para saber quais são as suas dúvidas e seus conhecimentos sobre o assunto são necessárias. Como resultado, destaca-se a necessidade de parceria com enfermeiros e responsáveis pela educação: os professores, fortalecendo as ações e assim, atingindo o objetivo. Sabendo disso, percebe-se que as escolas estão aderindo ao ensino sexual. Sendo capazes de criar um vínculo de confiança com os adolescentes e cumprir holisticamente o seu papel de ensino. |