Resumo |
Introdução: A primeira descrição da Síndrome Metabólica (SM) foi realizada por Reaven, em 1988. Desde então sua nomenclatura e critérios diagnóstico vem sofrendo alterações. A SM caracteriza-se por conjunto de fatores de risco de origem cardiometabólica, dentre esses a presença de obesidade central (OC), hipertrigliceridemia, dislipidemia (HDL baixo e triglicerídeos elevados) e hipertensão arterial sistêmica (HAS). Atualmente a SM tem sido identificada precocemente em crianças com idade escolar e adolescentes, devido ao estilo de vida sedentário e o aumento da obesidade. Diante das mudanças no estilo de vida e dificuldades de acesso, os adolescentes da área rural apresentam diferentes percepções na saúde, o que pode influenciar na relação saúde/doença. No Brasil os dados referentes à SM em adolescentes rurais são escassos. Objetivos: Identificar na literatura os estudos sobre prevalência da SM em adolescentes residentes na área rural e na área urbana. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada nas bases de dados PubMed e na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), do mês de setembro a novembro de 2017, utilizando os descritores de assunto “Metabolic Syndrome X”; “Adolescent”; “Rural Population”; “Urban Population”, “Prevalence”, catalogados no Medical Subject Headings (MeSH) e nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Foi usado o operador booleano “and” para a combinação dos descritores. Foram adotados os seguintes critérios de inclusão para seleção dos artigos: artigo de natureza científica, publicados entre 2011 e 2017, disponíveis na íntegra, nacionais e internacionais, nos idiomas inglês, português e espanhol e que os sujeitos de estudo fossem adolescentes de 10 a 19 anos. Resultados: Foram encontrados nas bases de dados 1585 artigos, desses foram excluídos 601 devido duplicidade, 730 após a leitura do título, 119 após leitura do resumo e 128 após leitura na íntegra, sendo incluídos na Revisão Integrativa 5 artigos originários de cinco países diferentes. Conclusão: A lacuna de estudos provenientes da população rural, em especial os adolescentes, foi comprovada pelo número reduzido de estudos que estimaram a prevalência da SM em adolescentes de área rural. Assim, não é possível generalizar as inferências realizadas neste estudo para esta população. Neste sentido, novos estudos devem ser realizados, a fim de clarear as informações desta população, no que tange aos fatores desencadeantes e protetores para a SM. |