Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 9918

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Microbiologia
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Betania Guilhermina Pedrosa
Orientador MARIA CATARINA MEGUMI KASUYA
Outros membros Isabelle Gonçalves de Oliveira Prado, Maria Eduarda Sousa Dayrell Rocha, Marliane de Cássia Soares da Silva, Mateus Valente Bitarães
Título Diversidade de fungos micorrízicos arbusculares em área atingida pelo rejeito de mineração da Samarco, em Mariana-MG
Resumo A presença de micro-organismos é um indicador de qualidade ambiental e auxiliam na recuperação de áreas degradadas e estabilização de ambientes perturbados. Os fungos micorrízicos arbusculares (FMA) são micro-organismos simbiontes pertencentes ao filo Glomeromycota e se associam mutualisticamente à maioria de espécies de plantas. Essa associação confere às plantas melhoria nutricional, com maior absorção de nutrientes em geral e água, aumenta também a tolerância a estresse biótico e abiótico, além de atuar na estabilização de macro-agregados do solo. Em contrapartida, os FMA recebem fotoassimilados produzidos pelas plantas associadas. Dessa forma, a associação micorrízica arbuscular é uma importante estratégia de adaptação e bioproteção para a planta e o fungo. O objetivo deste trabalho foi caracterizar os FMA em quatro coletas (C1, C2, C3 e C4 em março e setembro de 2016 e 2017), em áreas atingidas por rejeito de mineração de ferro, resultante do rompimento da barragem do Fundão, ocorrido em 5 de novembro de 2015 em Mariana-MG. Foram avaliadas duas áreas em recuperação (REC1 e REC2) e uma área de floresta não atingida (UND), onde foram coletadas amostras de solo para a extração e identificação de esporos de FMA. Ao longo das coletas foi observado um avanço no processo de revegetação, sendo que C1 é estágio inicial e C4 mais avançado. Foram encontrados 16 morfotipos de FMA, sendo Glomus sp1 com maior ocorrência. Os morfotipos Paraglomus occultum, Dominikia cf. minuta, Glomus cf. ambisporum, Acaulospora herrerae e A. scrobiculata foram encontrados apenas em REC1 e REC2. Esses morfotipos são possivelmente mais adaptados às condições do rejeito. Os morfotipos Rhizophagus clarus e Acaulospora sp1 foram encontrados apenas em UND, mostrando uma possível sensibilidade ao ambiente perturbado. Os demais morfotipos foram encontrados em REC e UND, sendo que Glomus glomerulatum e Diversispora sp. foram relatados em REC apenas em C3 e C4 e Glomus sp3 apenas em C4, quando as áreas se encontravam em processo avançado de revegetação. REC1 e REC2 apresentaram 11 morfotipos ao final das quatro coletas e UND apresentou 13 morfotipos, mostrando que o ambiente natural possibilita maior número de morfotipos de FMA. Em C1, C2 e C3 foram encontrados 8 dos 16 morfotipos, enquanto em C4, 14 morfotipos. REC1 e REC2 apresentaram similaridade em sua composição nas C1 e C2. UND, em todas as coletas, e REC1 em C4, formaram outro grupo, sendo que REC1-C4 é mais próxima de UND-C4. A área de floresta não sofreu modificações em sua composição com o tempo por ser um ambiente em equilíbrio. A similaridade de REC1-C4 e UND-C4 pode ser explicada pela proximidade geográfica das duas áreas, sendo possível o carreamento do material de UND para a parte mais baixa, REC1. A análise temporal das áreas atingidas mostra uma alteração na composição de FMA entre as coletas em função do processo de revegetação.
Palavras-chave revegetação, FMA, morfotipo
Forma de apresentação..... Painel
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