Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 9911

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Carolina Silveira Fontes
Orientador ERNANI PAULINO DO LAGO
Outros membros Andressa Brito Damaceno, Arthur Neves Passos, ARTUR KANADANI CAMPOS, JOSE DE OLIVEIRA PINTO, Maristela Vieira de Souza Clavery
Título Surto de babesiose em vacas leiteiras em Barra longa – MG. Relato de caso
Resumo A babesiose é uma doença causada por protozoários do gênero Babesia e transmitida pelo carrapato, sendo que a região sudeste é endêmica. O contato com o parasita ocorre nas primeiras semanas de vida do animal, provocando a doença de forma branda e tornando os bezerros imunes. A imunidade não é para sempre, sendo necessário contato frequente com carrapatos infectados para sua manutenção. “Nichos” de instabilidade enzoótica podem ocorrer conforme o grau de estabulação dos animais, formando até mesmo sistemas “livres” da doença, quando há o completo confinamento. O objetivo desse resumo é relatar um pequeno surto de babesiose em vacas no município de Barra Longa-MG. O proprietário relatou a introdução recente em seu rebanho em sistema a pasto, de quatro vacas recém paridas, provenientes de uma criação vizinha, com o intuito de aproveitar o leite. Dez dias após, uma delas adoeceu e morreu em três dias, tendo ficado apática, sem apetite e prostrada. Nesse ínterim outra vaca também adoeceu e morreu no dia seguinte à primeira, apresentando os mesmos sinais, e em sequência a terceira e quarta vaca adoeceram de forma semelhante, ocasião em que ele procurou atendimento de emergência no setor de clínica de ruminantes do DVT/UFV, trazendo as vacas doentes. Os animais consistiam em uma vaca girolanda e outra holandesa. A girolanda estava febril, desidratada e ictérica, porém alerta. A holandesa estava gravemente afetada, semicomatosa, hipotérmica, pálida e com hematócrito de 8%. Imediatamente foi verificado tratar-se de babesiose, com esfregaço sanguíneo apresentando hemácias parasitadas por Babesia bovis em ambas. As vacas foram tratadas com dipropionato de imidocarb e oxitetraciclina. A vaca holandesa também recebeu transfusão sanguínea devido ao seu alto risco de morte. Duas semanas após elas já estavam totalmente recuperadas e foram entregues ao proprietário. Pesquisou-se o porquê dessas vacas, sendo adultas e estando em pastagem, tiveram a doença de forma tão grave. Essa investigação esclareceu que essas vacas tinham sido criadas totalmente confinadas, desde bezerras até o parto, ocasião em que, por falta de espaço, foram repassadas ao proprietário atual para aproveitamento do leite. Por essas informações e como parte importante deste atendimento, foi transmitida a esse criador a recomendação de que não repassasse outras vacas, uma vez que não tinham nenhuma imunidade contra à babesiose. Se isso for inevitável, que seja sob imunoprofilaxia e supervisão de um veterinário. Em conclusão, a mudança de animais de sistema “livre” para “endêmico” foi fator preponderante para o surgimento da doença, sendo que isso ocorreu devido à falta de conhecimentos epidemiológicos da doença por parte de ambos proprietários. Ademais o caso serve para ressaltar a importância da assistência veterinária preventiva, por profissionais que tenham em mente que a profilaxia, invariavelmente é a medida mais universal, eficiente e econômica de manter a saúde de animais de produção.
Palavras-chave Babesia, tristeza, carrapato
Forma de apresentação..... Painel
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