Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 9907

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Ciências Sociais Aplicadas
Setor Departamento de Arquitetura e Urbanismo
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Íris Maria Costa Fajardo Werneck Loche
Orientador JOYCE CORRENA CARLO
Título Otimização do Desempenho de Habitações de Baixa Renda com o Uso de uma Gramática da Forma
Resumo Estima-se que em 2014, o déficit habitacional brasileiro correspondia a 6,068 milhões de domicílios, sendo 85,7% localizados nas áreas urbanas. As políticas habitacionais não têm conseguido atender a essas demandas em termos quantitativos e qualitativos, reproduzindo um modelo estático cuja prioridade é o baixo custo de habitações para construção em massa. Tendo em vista que usuários de habitações de interesse social apresentam um perfil heterogêneo de formação familiar, são necessários programas mais flexíveis para o alcance de melhores resultados. O conforto térmico da edificação foi identificado como um dos três itens de qualidade que geram maior insatisfação nas habitações do Programa Minha Casa Minha Vida, dentre a localização da construção e aumento do custo de vida.
Interpretar essas estruturas através de uma gramática da forma possibilita buscar soluções que mantenham a linguagem original, porém inserindo critérios pré-estabelecidos de qualidade. Este projeto, portanto, propõe a customização em massa de habitações que respeitem a tipologia de determinado local, prezando pela qualidade construtiva e adequação ao clima e entorno da implantação da unidade habitacional. Para isso, buscou-se na gramática da forma das habitações autoconstruídas do o Planalto Pici, em Fortaleza, aspectos formais que pudessem ser replicados e customizados de acordo com diferentes perfis familiares, aprimorando-as em questões de conforto térmico.
As condicionantes que originaram os parâmetros do projeto foram definidas a partir da inserção de estratégias bioclimáticas – ventilação e sombreamento- que foram adicionados às regras da gramática da forma. Optou-se por utilizar o Grasshopper como ferramenta de parametrização da forma, conectado ao plug-in HoneyBee como ferramenta de simulação para garantir o conforto térmico das habitações. Por sua vez, o motor de otimização Octopus foi utilizado para selecionar as melhores soluções para as funções-objetivo estabelecidas. Os parâmetros foram divididos em quatro grupos: parâmetros de contorno, parâmetros de demanda, parâmetros resultantes e parâmetros elegíveis. Com a combinação desses parâmetros, é possível obter 4 mil variações, garantindo a flexibilidade das habitações. A simulação energética foi feita para testar as tipologias possíveis, a partir da definição de alguns perfis familiares e tamanhos diferentes de terreno. Percebeu-se que as estratégias de ventilação e sombreamento e os materiais indicados, já foram suficientes para garantir que as habitações atingissem bons níveis de eficiência. As habitações de 1 pavimento atingiram nível A pelo PBE Edifica, enquanto as habitações de 2 pavimentos atingiram nível B em função do segundo pavimento, que não possui contato com o solo. Notou-se que a partir das estratégias e da parametrização da gramática, é possível replicar um modo de morar que seja flexível, garantindo melhores condições de conforto térmico.
Palavras-chave Conforto Térmico, Parametrização, Estratégias Bioclimáticas
Forma de apresentação..... Painel
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