Resumo |
Existe uma escassez de espécies de adequada qualidade para o uso estrutural o que resulta em grandes problemas para o setor da construção civil. Dessa forma, é fundamental avaliar o potencial de determinadas espécies nativas, para uso alternativo as espécies de madeira comumente exploradas. A Mimomsa schomburgkii, popularmente conhecida como jurema ocorre amplamente no Brasil, compreendendo vários estados do norte ao sul do país, a utilização dessa madeira se dá devido a sua grande ocorrência, no entanto, é necessário avaliar suas propriedades tecnológicas para correta utilização. O objetivo principal do estudo foi caracterizar às propriedades mecânicas, a densidade básica e aparente da madeira de Mimomsa schomburgkii, visando definir seu potencial uso na construção civil. O material utilizado foi retirado de três árvores de Mimomsa schomburgkii, com uma idade de 33 anos, diâmetro à altura do peito de 1,38 m e altura média de 25,0m. Foram confeccionados corpos de prova, retirados da região intermediária do pranchão central das toras, para os ensaios de resistência à tração, compressão axial, flexibilidade, dureza e cisalhamento. Os ensaios foram realizados de acordo com a norma NBR 7190 (ABNT, 1997). As densidades básicas e aparentes foram determinadas de acordo com a norma NBR 11941 (ABNT, 2003). Os ensaios de resistência mecânica foram feitos em uma máquina universal de capacidade de 10 toneladas, para análise dos dados usou-se estatística descritiva. Os resultados obtidos foram tabulados e interpretados de acordo com valores mínimos, máximos, média e coeficiente de variação. A resistência a compressão paralela às fibras da madeira de jurema apresentou uma média de 64,7 MPa, já para resistência a tração a média foi 91,1 MPa, para o cisalhamento a madeira obteve 11,9 Mpa, a resistência a flexão estática foi de 111,3 MPa e o módulo de elasticidade médios foi de 21250,8 MPa. Em relação a dureza Janka paralela às fibras o valor médio foi de 187,9 MPa, enquanto a dureza perpendicular média foi de 127,1 Mpa. Os valores médios de densidade básica e aparente fora de 0,80 g.cm³ e foi de 1,0 g.cm³, respectivamente. De acordo com a norma NBR 7190 (ABNT, 1997), a madeira de jurema é classificada como C 60 e de alta densidade, o que viabiliza a sua utilização na construção civil. |