Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 9894

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Biologia Geral
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, FAPEMIG
Primeiro autor Luiz Otavio Guimaraes Ervilha
Orientador MARIANA MACHADO NEVES
Outros membros Ana Cláudia Ferreira Souza, Daniel Silva Sena Bastos, Felipe Couto Santos
Título Efeitos da exposição pré-púbere ao arsênio sobre parâmetros ósseos de ratos Wistar
Resumo O arsênio (As) é um metaloide amplamente distribuído em baixas concentrações no ambiente, tendo seus níveis aumentados através de atividades antropogênicas. Estudos recentes têm demonstrado que animais adultos expostos as diferentes formas do arsênio na água de beber apresentam danos hepáticos, reprodutivos e renais. Todavia, ainda não se sabe os efeitos da exposição ao As sobre parâmetros ósseos durante o período pré-puberal. Durante o crescimento e desenvolvimento, uma porção do osso permanece com cartilagem nos discos epifisários, sendo responsável pelo crescimento em comprimento dos ossos longos. A partir da puberdade, esta cartilagem é gradativamente substituída por tecido ósseo, encerrando a fase de crescimento corporal. Neste contexto, o objetivo do presente estudo foi avaliar parâmetros biométricos e mecânicos do osso longo em ratos Wistar expostos ao arsênio na água de beber durante o período pré-púberal. Para isso, animais com 21 dias de idade foram divididos em dois grupos, sendo que animais do grupo controle negativo (C) receberam água filtrada (n=8), enquanto que animais do grupo arsênio (As) receberam solução de arsenito de sódio na concentração de 10 mg/L (n=8). Os animais foram tratados até atingirem 50 dias de idade e no dia seguinte foram eutanasiados para obtenção do fêmur direito (CEUA, processo número 96/2017). Um paquímetro universal analógico foi utilizado para realizar as medidas do órgão e um teste de flexão de três pontos determinou os parâmetros biomecânicos do osso. A partir dos dados obtidos, O teste t de Student (P < 0.05) foi realizado utilizando o software Graph-Pad Prism. Análises biométricas mostraram que o peso corporal dos animais expostos ao arsênio (199,3 ± 4,88 g) foi menor que o dos animais do grupo (218,6 ± 4,99 g; P < 0,05). A exposição ao arsênio alterou todos os parâmetros biométricos do fêmur em relação aos animais controle, como peso (C=1,06 ± 0,03 g; As=0,79 ± 0,01 g), comprimento (C=31,48 ± 0,04 mm; As=29,68 ± 0,31 mm), largura da diáfise (C=4,06 ± 0,17 mm; As=3,53 ± 0,04 mm), largura do fêmur distal (C=6,74 ± 0,06 mm; As=6,36 ± 0,07 mm) e largura do fêmur proximal (C=7,63 ± 0,15 mm; As=7,05 ± 0,18 mm)(P < 0,05). Já os aspectos biomecânicos do fêmur não apresentaram alterações com a exposição ao arsênio, como medida da carga máxima (C=51,59 ± 1,89 N; As=50,01 ± 3,52 N), deslocamento (C=1,47 ± 0,11 mm; As=1,34 ± 0,14 mm) e rigidez (C=35,09 ± 3,49 N/mm; As=37,32 ± 3,21 N/mm) do fêmur (P > 0,05). Pode-se concluir que a exposição ao arsênio no período pré-puberal induz a alterações na macroarquitetura óssea do animal, mas não em parâmetros biomecânicos.
Palavras-chave arsenito, fêmur, macroarquitetura óssea
Forma de apresentação..... Painel
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