Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 9891

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Anna Clara Lomeu Mota de Sousa
Orientador LEANDRO ABREU DA FONSECA
Outros membros Andrés Maurício Ortega Orozco, Fabricia Modolo Girardi da Fonseca, Lorraine Rossi Signorelli Machado Dornelas, Lucas Drumond Bento
Título Prevalência de doença renal crônica (DRC) em cães de acordo com as diretrizes da International Renal Interest Society (IRIS)
Resumo A doença renal crônica (DRC) é uma importante causa de morbidade e mortalidade nos cães e um dos grandes desafios da Medicina Veterinária é diagnosticá-la precocemente, visto que os sinais clínicos e laboratoriais, em sua maioria, só aparecem quando mais de 70% dos rins já estão afetados, contribuindo para um diagnóstico desfavorável. Além disso, as lesões renais são comumente irreversíveis e progressivas, não necessitando que a causa de base persista para que a doença progrida. A estimativa é que a DRC ocorra em 0,5 a 1% dos cães. Mesmo que a sua prevalência seja alta em animais jovens devido à doença renal congênita, a maior prevalência se dá nos animais geriátricos, justamente pelo seu caráter progressivo. De acordo com as diretrizes para o estadiamento da DRC com base nas concentrações de creatinina sérica proposto pela International Renal Interest Society (IRIS), os animais acometidos pela doença são categorizados dentro de 4 estágios. O objetivo deste trabalho foi avaliar o estadiamento dos animais atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Viçosa (UFV), através da avaliação dos níveis de creatinina sérica. Para isso, foram coletadas amostras de sangue de 16 cães portadores de DRC com raça, idade e sexo aleatórios. A coleta foi realizada no Hospital Veterinário da UFV. As amostras foram armazenadas em tubos de 4 mL sem nenhum adicional. As amostras foram centrifugadas a 3000 rotações por minuto, durante 5 minutos, congeladas a -20ºC e analisadas no laboratório. Os 16 animais foram divididos em 4 grupos: grupo 1, composto por animais com DRC em estágio 1 (concentração de creatinina sérica menor que 1,4 mg/dL); grupo 2, composto por animais com DRC em estágio 2 (creatinina entre 1,4 e 2,0 mg/dL); grupo 3, composto por animais com DRC em estágio 3 (creatinina entre 2,1 e 5,0 mg/dL); e grupo 4, composto por animais com DRC em estágio 4 (creatinina acima de 5,0 mg/dL). Dos animais avaliados, 18,75% estavam no estágio 1 da DRC. A porcentagem de cães no estágio 2 da DRC foi de 18,75%, enquanto a de cães no estágio 3 foi 25% e no estágio 4 foi de 37,5%, totalizando, assim, 62,5% animais nos graus mais avançados da doença (estágios 3 e 4). Em conclusão, os resultados obtidos corroboram que a azotemia (aumento plasmático dos compostos nitrogenados) só é visualizada quando há perda de mais de 70% dos néfrons funcionais. A maior prevalência nesse estudo foi de pacientes no estágio 4 da DRC, estágio em que é perceptível azotemia e manifestação clínica severa, sendo nesse estágio também que os tutores procuram as clínicas veterinárias. No estágio 4 o prognóstico estabelecido é desfavorável, reforçando a necessidade de novos estudos para realização de um diagnóstico precoce da doença, aumentando a qualidade de vida e sobrevida dos pacientes.
Palavras-chave Doença renal crônica, estadiamento, prevalência
Forma de apresentação..... Painel
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