Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 9875

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, FAPEMIG
Primeiro autor Amanda Waack
Orientador MARIANA MACHADO NEVES
Outros membros Ana Cláudia Ferreira Souza, Felipe Couto Santos, Luiz Otavio Guimaraes Ervilha, Maycon Lucio Rodrigues
Título Efeitos da exposição pré-púbere ao arsênio sobre parâmetros reprodutivos de ratos Wistar machos
Resumo Durante a fase pré-puberal, o epidídimo ainda está em desenvolvimento, ocorrendo a diferenciação de suas regiões. Este longo ducto altamente convoluto conecta os canais eferentes ao ducto deferente, e desempenha um papel fundamental na maturação dos espermatozoides. Ele é susceptível aos efeitos tóxicos do arsênio, que é um metal pesado encontrado na natureza e em resíduos de diferentes tipos de indústria e que, quando descartado de forma incorreta, contamina principalmente a água. Estudos recentes têm demonstrado que a exposição de ratos adultos ao arsênio causa alterações no epidídimo e em parâmetros espermáticos. No entanto, não se sabe quais os efeitos da exposição de As na água de beber no epidídimo durante a fase pré-puberal. Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi avaliar parâmetros biométricos do epidídimo, bem como do testículo, e quantificar os espermatozoides presentes nas regiões epididimárias de ratos Wistar pré-púberes expostos ao arsênio. Foram utilizados 20 animais com 21 dias de idade, que foram separados aleatoriamente em dois grupos experimentais. Animais do grupo controle (C; n= 10) receberam água filtrada, enquanto que animais do grupo arsênio (As; n = 10) foram tratados com solução de arsenito de sódio (10mg/L) na água de beber por 29 dias, até completarem 50 dias de idade (CEUA/UFV, processo 96/2017). No dia seguinte, os animais foram eutanasiados para obtenção de testículos e epidídimos, os quais foram pesados. Os epidídimos foram processados para avaliação do número de espermatozoides nas suas regiões. Os resultados obtidos foram submetidos ao teste t de Student (P < 0,05) utilizando o software Graph-Pad Prism. Análises biométricas mostraram que o peso médio dos testículos direito e esquerdo dos animais expostos ao As (D: 1,088 ± 0,05580 g; E: 1,083 ± 0,05242 g) foi menor do que o dos animais controle (D: 1,283 ± 0,04364 g; E: 1,293 ± 0,04749 g). O peso dos epidídimos também reduziu nos animais expostos ao As (D: 0,1921 ± 0,01221 g; E: 0,2021 ± 0,01676 g) em relação aos animais controles (D: 0,2443 ± 0,01193 g; E: 0,2433 ± 0,008513 g). O número de espermatozoides presentes nas regiões da cabeça e corpo do epidídimo foi menor em animais expostos ao arsênio (60,37 ± 2,383 x 106) que em animais do grupo controle (94,83 ± 3,089 x 106) (P < 0,05). Da mesma forma, o número de espermatozoides presentes na região da cauda foi menor nos animais expostos ao arsênio (69,43 ± 4,730 x 106) em relação aos controles (126,4 ± 9,034 x 106)(P < 0,05). Pode se concluir que ratos Wistar pré-púberes apresentaram alterações no peso epididimário e testicular, bem como na quantidade de espermatozoides após exposição ao As. Este resultado sugere que a exposição precoce ao arsênio pode comprometer a performance reprodutiva de machos em sua fase adulta.
Palavras-chave Arsenito, testículo, epidídimo.
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,64 segundos.