Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 9871

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Zootecnia
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Mariana Mescouto Lopes
Orientador MARCIO DE SOUZA DUARTE
Outros membros Marta Maria dos Santos Fontes, Pedro Eleutério Aleixo, Ranyeri Oliveira Souza, Thaís Correia Costa
Título Intrauterine manipulation of skeletal muscle development and insulin pathway throught maternal nutrient restriction at different stages of gestation
Resumo O trabalho teve como objetivo investigar o efeito da restrição alimentar na primeira e segunda metade da gestação sobre o desenvolvimento do músculo esquelético e metabolismo energético em recém nascidos. Quatorze cabras foram distribuídas aleatoriamente em dois tratamentos alimentares. O primeiro foi o de restrição-mantença, onde os animais foram submetidos a uma restrição alimentar em 50% das recomendações do NRC do 8o ao 84o dia de gestação e realimentação em 100% das recomendações do dia 85 ao parto. O segundo tratamento consistiu em alimentação de modo a atender 100% das recomendações do NRC do 8o ao 84o dia de gestação seguido de restrição alimentar em 50% das recomendações do dia 85 ao parto. Ao nascer, todos os cabritos foram imediatamente separados das mães, pesados e abatidos. Foram coletadas amostras de sangue, de músculo esquelético (Longissimus dorsi) e fígado. O nível de glicose no sangue, peso ao nascer, número, tamanho e composição de fibras musculares não foram influenciados pela restrição alimentar materna. A expressão do marcador miogênico PAX7 foi maior nos recém-nascidos provenientes de gestação unifetal do tratamento restrição-mantença, enquanto que a expressão de PAX3 não foi afetada pelo tratamento alimentar materno. Com exceção do marcador fibrogênico COL III, o qual foi o menos expresso no tratamento mantença-restrição, os demais marcadores adipogênicos e fibrogênicos, como PDGFRα, Zfp423, PPARγ, Pref-1 e COL I não apresentaram diferenças entre os tratamentos. Além disso, a análise de abundância das proteínas PDGFRα e PPARγ não revelou diferenças entre os tratamentos. No que diz respeito ao metabolismo energético do recém-nascido, a restrição alimentar materna impactou na expressão de mRNA da enzima glicolítica HKII, que foi menos expressa no tratamento mantença-restrição. No entanto, nenhum efeito de tratamento foi observado em outros marcadores avaliados, incluindo INSR, IRS-1, GLUT4, PFKM e PKM. A abundância das proteínas IRS-1, GLUT4, AMPK, AMPK e p-mTOR também não foram afetadas. No fígado, não foi observado diferença entre os tratamentos na expressão dos marcadores INSR, IRS-1, HK4 e PKLR. Conclui-se que a restrição alimentar materna na segunda metade da gestação não afeta a expressão de mRNA dos marcadores de miogênese, adipogênese e fibrogênese e nem altera a população de células mesenquimais no tecido muscular esquelético dos cabritos recém-nascidos. No entanto pode impactar no metabolismo energético pela redução da expressão de HKII no musculo esquelético. Além disso, os dados sugerem que a restrição alimentar materna na primeira metade da gestação seguida de realimentação pode ter sustentado um crescimento compensatório no músculo esquelético do recém-nascido.
Palavras-chave Restrição alimentar, metabolismo energético, expressão gênica
Forma de apresentação..... Oral
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