Outros membros |
Amanda Morais Polati, Carolina Soares Dalfior, Dayse Carvalho Araújo, Eliza Cristina Clara Alves, João Vitor Andrade, Marco Aurélio Lomar de Oliveira, Milleny Tosatti Aleixo, Silas Teixeira de Souza |
Resumo |
A Terapia Comunitária (TC) foi sistematizada a partir de 1987, no Nordeste do Brasil, pelo psiquiatra e professor Prof. Dr. Adalberto Barreto, a partir das demandas e do protagonismo da própria comunidade e do apoio de diferentes atores. Realizada em grupo com o objetivo de promover e proteger a saúde bem como auxiliar na recuperação do sofrimento emocional, mental, relacional, social e físico, é um espaço de partilha e comunhão de experiências de vida, apoiando-se na construção de redes sociais solidárias. Considerando as fragilidades emocionais, a pressão vivenciada pelos estudantes de enfermagem, os desafios de morar longe da família e as vivências de sofrimento, o Centro Acadêmico de Enfermagem (CAENF) considerou oportuna a realização de uma roda de terapia comunitária a fim de oferecer apoio e espaço de escuta qualificada aos estudantes de enfermagem. OBJETIVO: Relatar a experiência de realização da Roda de TC, realizada no ano de 2017 no Departamento de Medicina e Enfermagem. MÉTODO: A Roda de TC foi construída com a participação de discentes de enfermagem e mediada por uma professora da UFV e membros do CAENF. Ocorreu em uma reunião com duração de 3 horas, livre e acolhedora para que os participantes pudessem compartilhar dificuldades e estratégias de enfrentamento acerca da temática abordada, visando a troca de experiências e a valorização dos saberes individuais como meios de mobilização de recursos próprios para a solução de problemas. RESULTADOS: Proporcionou-se, mediante a metodologia utilizada, a criação de uma “via de mão dupla”, na qual os participantes tiveram a oportunidade de vivenciar a troca mútua de experiências, sendo sensibilizados sobre a importância de respeitar e valorizar os indivíduos dentro do seu contexto singular e integral. Além disso, foram desenvolvidas competências pelos discentes, como o planejamento/execução de atividades, trabalho em equipe, comunicação e empatia, tendo a ética e o reconhecimento da responsabilidade sócio-profissional como eixos essenciais para uma prática qualificada e sustentada em preceitos de humanização.CONCLUSÃO:Concluímos que a Roda de TC tem um grande potencial no ambiente acadêmico, pois contribuiu positivamente para a prevenção e promoção da saúde mental, gerando um sentimento de pertencimento e acolhimento aos discentes. Como desafios, ressaltamos a baixa adesão dos estudantes quando comparada às múltiplas demandas expressas de modo informal. |