Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 9857

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Engenharia/Tecnologia
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Gabriel Batalha de Souza
Orientador EDUARDO BASILIO DE OLIVEIRA
Outros membros JANE SELIA DOS REIS COIMBRA, Lucas de Souza Soares, Michele Harumi Omura, Rayza Badiani Perim
Título Aplicabilidade de quitosano como agente espessante e estabilizante de emulsões O/A
Resumo O quitosano é um polissacarídeo utilizado em diversas aplicações biotecnológicas (excipiente para fármacos, suporte para enzimas imobilizadas etc.). Em particular, não é digerido no trato gastrointestinal de mamíferos, onde atua como adsorvente de lipídeos, constituindo uma excelente alternativa para reduzir a absorção de triglicérides e colesterol pelo organismo.Similarmente a muitos polissacarídeos não digeríveis, pode também atuar como agente espessante em formulações. Apesar dessas características, sua exploração como agente técnico-funcional em formulações alimentícias ainda é pouco relatada. Assim, no presente estudo objetivou-se avaliar o potencial estabilizante do quitosano em emulsões O/A, quando previamente disperso (0,0; 0,5 e 1,0% m/m) em soluções de ácido propiônico ou lático (50 mM) e Tween 20 (2,0 % m/m). Essas soluções constituíram a fase contínua das emulsões. A fase dispersa foi constituída de óleo de girassol colorido com Sudan Black (0,02% m/m). A proporção entre as fases contínua e dispersa foi 75:25. O processo de emulsificação foi executado em homogeneizador ultrassônico (20 kHz, 500 W, 67% de amplitude, temperatura < 40 °C). Primeiramente, as emulsões foram avaliadas quanto ao comportamento ao escoamento logo após sua fabricação, a taxas de cisalhamento de 0,05 a 300 s-1. Aos dados experimentais, ajustou-se o modelo de Otswald-De-Waale (lei de potências), com R2 > 0,95 em todos os casos. O aumento da concentração de quitosano potencializou espessamento das emulsões preparadas tanto com ácido propiônico [K = 0,23 e n = 0,27 para 0,0% (m/m); K = 0,29 e n = 0,56 para 0,5% (m/m); K = 0,59 e n = 0,60 para 1,0% (m/m) de quitosano] quanto com lático [K = 0,34 e n = 0,25 para 0,0% (m/m); K = 0,23 e n = 0,63 para 0,5% (m/m); K = 0,61 e n = 0,71 para 1,0% (m/m) de quitosano]. Além disso, avaliou-se a microestrutura das emulsões, por microscopia ótica, logo após sua fabricação e após 8 e 15 dias de armazenamento a 25 °C. Emulsões sem quitosano, preparadas com ácido propiônico ou lático, apresentaram um aspecto arenoso nas micrografias, indicando a presença de gotículas muito pequenas (< 0,2 μm) em t = 0. Em t = 8 e t = 15, observaram-se nessas emulsões gotículas bem definidas (> 0,2 μm), indicando a ocorrência de fenômenos de desestabilização. Nas micrografias das emulsões contendo 0,5% ou 1,0% (m/m) de quitosano, preparadas com ácido propiônico ou lático, foram observados agregados de cadeias de quitosano e gotículas de óleo (> 0,2 μm) em t = 0, t = 8 e t = 15, indicando uma constância desses sistemas quanto à microestrutura, no período avaliado. Conclui-se que a adição de quitosano a emulsões O/A promove um efeito espessante e estabilizante (cinético) desses sistemas por pelo menos 15 dias, constituindo uma alternativa promissora para a incorporação em formulações emulsionadas tanto para fins tecnológicos como biofuncionais.
Palavras-chave biomoléculas alimentares, reologia, emulsão.
Forma de apresentação..... Oral
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