ISSN | 2237-9045 |
---|---|
Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
Nível | Graduação |
Modalidade | Pesquisa |
Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
Área temática | Ciências Humanas |
Setor | Departamento de História |
Bolsa | PIBIC/CNPq |
Conclusão de bolsa | Sim |
Apoio financeiro | CNPq |
Primeiro autor | Melissa Lujambio Alves |
Orientador | LEONARDO CIVALE |
Título | "Sonhos tropicais na 'Manchester' mineira" |
Resumo | O presente trabalho busca analisar os usos da memória e construções narrativas das políticas públicas sobre a paisagem cultural e o patrimônio material e imaterial na cidade de Juiz de Fora (MG). Para isso, foram utilizadas como fontes as atas das reuniões do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural (COMPPAC) nos anos de 2004 a 2015. Assim, foi possível compreender a forma como a memória e a identidade local foi sendo moldada a partir de discursos sobre as mesmas, culminando na formulação objetiva de um patrimônio refletido na paisagem cultural de Juiz de Fora (MG). O carro chefe desse processo é, certamente, o patrimônio material, exclusivo e excludente das diversidades culturais presentes na sociedade. A pouca atenção dedicada ao patrimônio imaterial e sua representatividade popular expressa essa perspectiva. Por conseguinte, os órgãos de preservação do patrimônio nas esferas municipais ainda não lograram atualizar seus mecanismos e instrumentos de atuação nesse sentido. Em parte, por que estão sob controle de determinados grupos com interesses específicos e muitas vezes incompatíveis com a ampliação da identidade municipal, em parte por que a disputa pela construção da memória e identidade é um processo dialético presente, em continua construção e capaz de explicitar as contradições das sociedades. Vale considerar que, a par da bibliografia mais ampla sobre o tema, o que aconteceu em Juiz de Fora com relação à formação da memória e identidade não é uma particularidade desta cidade, mas sim influenciado por um movimento da modernidade europeia que se espraiou por diversas regiões do Brasil e do mundo. Desse modo, caso se queira criar um patrimônio cultural realmente representativo da diversidade que constitui as sociedades, fazendo jus ao uso democrático do espaço público - utilizado como argumento para fundamentar as práticas de patrimonialização -, seria necessário que os órgãos municipais de Juiz de Fora sejam atualizados, avancem no sentido de incorporar a dimensão imaterial e ampliem a representatividade do patrimônio cultural. Portanto, o presente trabalho aponta um balanço da atuação do COMPPAC em Juiz de Fora, tendo em vista os espaços de luzes e sombras do modelo de preservação posto em prática naquele contexto. |
Palavras-chave | Patrimônio cultural, Juiz de Fora, memória |
Forma de apresentação..... | Oral |