Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 9841

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Entomologia
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Álvaro Domingues Ataide
Orientador EUGENIO EDUARDO DE OLIVEIRA
Outros membros Johan Sebastian Perez Campos, Lucas M. L. dos Santos, Nádylla Regis Xavier de Oliveira, Wilson Rodrigues Valbon
Título Respostas predatórias de Belostoma anurum (Hemiptera: Belostomatidae) frente à diferentes presas
Resumo O comportamento predatório é dependente do nível de interação entre a presa e o predador, bem como a relação com ambiente. Dessa forma, este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar o comportamento predatório da barata d’água, Belostoma anurum (Hemiptera: Belostomatidae), quando exposta a larvas de Aedes aegypti e Culex sp. (Diptera: Culicidae). Para isso, foram utilizadas ninfas de segundo ínstar de B. anurum e larvas de quarto ínstar (L4) de Aedes aegypti (obtidas em laboratório) e Culex sp. (coletadas em campo). As ninfas de B. anurum permaneceram em jejum por 24 h, decorrido esse período foram transferidas individualmente para frasco de vidro contento 15 mL de água destilada. Para cada uma destas ninfas foram oferecidas duas larvas de mosquitos (i.e., A. aegypti ou Culex sp.), em três diferentes situações: uma larva de A. aegypti e outra de Culex sp.; duas larvas de A. aegypti e duas larvas de Culex sp. Os parâmetros utilizados foram a latência (ou seja, o tempo gasto até capturar a primeira presa) e o tempo gasto para consumir (i.e., fagia) tanto a primeira quanto a segunda presa. Foram realizadas 20 repetições por tratamento. Dados foram analisados utilizando two way ANOVA e o teste t de Student. Nossos resultados revelaram que o tempo gasto para capturar a primeira presa (22,89 ± 5,4 segundos) não difere quando são oferecidas larvas de diferentes (P = 0,271) ou de mesma (P = 0,246) espécie. Entretanto, quando foram oferecidas larvas de diferentes espécies, embora B. anurum tenha gastado o mesmo tempo para forragear em larvas de A. aegypti ou de Culex sp. (P = 0,127), estes predadores gastaram muito mais tempo forrageando a segunda presa (P < 0,001). Quando foram oferecidas larvas da mesma espécie, o tempo de fagia foi diferente entre as larvas de diferentes espécies (P < 0,05) e também entre a fagia para a primeira e a segunda presa (P < 0,001). Nossos resultados sugerem que ninfas de B. anurum tem o comportamento predatório alterado quando exposta a diferentes espécies de presa. Podemos observar que o tempo gasto para consumir a primeira presa é menor, isso pode estar associado com a estratégia do predador, pois esse é voraz e generalista, aumentando assim o seu sucesso do forrageamento. Somado a isso, nossos achados revelaram que larvas de A. aegypti são consumidas mais rapidamente, o que aumenta o potencial de B. anurum como agente natural de controle de mosquitos do gênero Aedes.

Palavras-chave: forrageamento, barata d’água, mosquitos
Apoio: FAPEMIG, CNPq, CAPES
Palavras-chave forrageamento, barata d’água, mosquitos
Forma de apresentação..... Painel
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