Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 9826

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Biologia Vegetal
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Mariana Marques Marcelino
Orientador ADRIANO NUNES NESI
Outros membros Rebeca Patrícia Omena Garcia, WAGNER LUIZ ARAUJO
Título Atuação das giberelinas nas respostas de crescimento e trocas gasosas de tomateiros submetidos ao estresse salino
Resumo Os estresses hídrico e salino influenciam negativamente o crescimento, desenvolvimento e sobrevivência das plantas. Recentemente foi verificado que as giberelinas (GAs) estão envolvidas em mecanismos de aclimatação ao déficit hídrico em tomateiros. Observou-se que plantas mutantes na biossíntese de GAs foram mais tolerantes a essas condições devido ao acúmulo de aminoácidos e maior crescimento radicular. O envolvimento das GAs em respostas ao estresse osmótico e oxidativo ocasionados pelo excesso de sal tem sido relatado em plantas. No entanto, a relação das GAs nos mecanismos de tolerância a esse estresse permanece desconhecida. Assim, para entender como plantas com reduzidos níveis de GAs endógenos toleram ao estresse salino foi realizado um experimento com plantas de tomate do tipo selvagem (WT) e mutantes na biossíntese de GAs, nomeados gib1, gib2, e gib3. Plantas dessas linhas mutantes foram cultivadas em casa de vegetação sob irrigação por 15 dias. Após esse período, os tratamentos foram aplicados por meio da irrigação em intervalos de dois dias. Os tratamentos consistiram de 200 mL de água destilada (controle) e 200 mL de NaCl a 150 mM. Estas condições foram mantidas por um período de um mês. No final desse período, foram realizadas análises biométricas e de trocas gasosas com um analisador de gases no infravermelho (IRGA). Foram avaliados vários parâmetros relacionados com a fotossíntese como: assimilação líquida de CO2 (AN), condutância estomática (gs), taxas transpiratórias (E) e concentração interna/atmosférica de CO2 (Ci/Ca). Adicionalmente, foram determinadas a respiração no escuro (Rd), eficiência instantânea no uso da água (EUA) e teor relativo de água (TRA). Verificou-se que plantas dos mutantes gib apresentaram menor alteração no crescimento em altura e acúmulo de biomassa total em resposta ao NaCl quando comparados ao WT. Durante o estresse, foram observadas reduções na taxa de crescimento relativo em altura em todos os genótipos. Adicionalmente, a razão raiz/parte aérea de gib1 e gib2 permaneceu elevada sob tratamento salino. O acúmulo de matéria seca nas folhas sob estresse não está de acordo com a alta taxa fotossintética, no entanto acredita-se que os fotoassimilados tenham sido investidos na raiz, aumentando seu crescimento. Consequentemente, foi verificado maior gs, E e Ci e menor EUA nos mutantes sob estresse. Rd e TRA não alteraram significativamente nos mutantes em ambos os tratamentos. Considerando as altas taxas de trocas gasosas e o menor efeito do excesso de sal no crescimento observado nas plantas mutantes em relação ao WT, sugere-se que as GAs podem estar envolvidas na tolerância ao estresse salino. Portanto, estudos bioquímicos e metabólicos são necessários para entender melhor o papel das GAs nesses mecanismos de tolerância.
Palavras-chave Tolerância, tomate, biossíntese de giberelinas
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,65 segundos.