Resumo |
Vivemos em uma sociedade cada vez mais digital, conectada e integrada por novas tecnologias. Essas mudanças sociais trazem novos paradigmas para o processo educacional, afetando o ambiente escolar tanto em sua espacialidade como nas propostas pedagógicas de ensino e aprendizagem. Este projeto é a continuação da pesquisa anterior com mesmo título “O novo espaço da sala de aula: novos paradigmas para o processo de ensino e aprendizagem”, desenvolvida entre o período de agosto de 2017 a abril de 2018. Tem como objetivo o levantamento de dados e informações sobre a utilização de espaços, que foram construídos a partir de uma nova perspectiva de inserção de tecnologias em algumas salas de aulas na UFV. Estes espaços foram pensados para o uso de tecnologias móveis como notebooks, tabletes, computadores, wi-fi, quadro interativo, dentre outras tecnologias disponíveis que possam ser experimentadas. Buscou-se analisar a configuração desses espaços e como os mesmos interferem, positivamente ou negativamente, no ensino e na aprendizagem, em comparação com o formato das salas de aulas mais tradicionais. Os espaços analisados foram o Laboratório Interdisciplinar para a Formação de Educadores - LIFE, e a Sala 205 da Coordenadoria de Educação Aberta e à Distância - CEAD, da Universidade Federal de Viçosa. Esses espaços possuem layout diferenciado com o mobiliário móvel e possibilitam o uso de tecnologias denominadas TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação). O levantamento de dados foi realizado por meio informações fornecidas pelo Registro Escolar, pelo mapeamento tecnológico, pelo mapeamento comportamental (TIBÚRCIO, 2007) e aplicação de questionários online. Os questionários buscaram levantar a percepção dos alunos e professores sobre as TICs no ambiente dessas três salas analisadas. O mapeamento comportamental permitiu identificar as interações entre os usuários e a mobilidade dos professores. A análise dos dados, cruzando as informações levantadas nas três etapas acima permitiram entender a relação espacial das salas, com a percepção dos usuários e a influência dessas mudanças físico-tecnológicas no processo de ensino e aprendizagem. Diretrizes são propostas para auxiliar, tanto no campo da Arquitetura quanto no campo da Educação, nos projetos de novas configurações para as salas de aula ou adaptação das salas existentes. Contribui também para conciliar a inserção adequada das TICs que possibilitem práticas pedagógicas diversificadas, promovendo melhor uso dessas salas, tanto para alunos quanto para professores de diversas áreas, melhorando a qualidade no processo de ensino e aprendizagem. |