Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 9754

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Engenharia/Tecnologia
Setor Departamento de Engenharia Agrícola
Bolsa PET
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Talissa de Fátima Pereira Ireno
Orientador LUIS CESAR DA SILVA
Título Impactos da segregação de cargas de soja no armazenamento e comercialização
Resumo Para o armazenamento da soja, na maioria dos casos, é necessária a secagem para níveis de teor de água próximos de 13,0%. No Brasil, normalmente, são empregados secadores com capacidade horária entre 40 a 250 t.h-1 e capacidade estática de 50,0 a 375,0 t. Assim, para perfeita condução da secagem é indicado a segregação das cargas recebidas segundo o teor de água para obter lotes homogêneos. Caso contrário haverá riscos de supersecagem ou subsecagem. A supersecagem caracteriza por cargas secas com o teor de água abaixo do adotado na comercialização, trazendo prejuízo monetário; enquanto subsecagem corresponde a cargas com teor de água acima do ideal para o armazenamento, o que pode desencadear a deterioração fúngica e, ou perda de massa do produto armazenado devido a maiores taxas de respiração. Deste modo, neste estudo foi avaliado o impacto da segregação de cargas de soja no armazenamento e na comercialização, empregando modelagem e simulação. Para modelagem do sistema de recepção e secagem de grãos foi empregada a linguagem de programação Visual Basic for Applications® no ambiente do programa Microsoft Excel®, enquanto a simulação referiu-se à comparação de quatro cenários correspondentes a recepção de 3.500 t de soja por dia, assim distribuídos: 175,0 t com teor de água de 24,0%, 770,0 t com 22,0%, 1.225 t com 18,0%, 700,0 t com 16,0% e 630,0 t com 14,0%. Os cenários foram: (i) Cenário I – sem segregação; (ii) Cenário II – foram segregados como “muito úmido” os quantitativos das cargas com teores de água de 22,0 e 24,0%, “úmido” teor de água 18,0%, “semiúmido” 16,0% e “seco” 14,0%; (iii) Cenário III – “muito úmido” com teor de água de 24,0%, “úmido” 18,0 e 22,0% , “semiúmido” 16,0% e “seco” 14,0%; e (iv) Cenário IV – “muito úmido” com teor de água de 24,0%, “úmido” 22,0% , “semiúmido” 16,0 e 18,0% e “seco” 14,0%. Ao se proceder a simulação, tomando o valor da saca de soja igual a R$ 71,32, para o Cenário I foram obtidas 3.238,93 t de produto. Deste quantitativo, 26,8% apresentou o risco de deterioração fúngica e perda de massa durante a armazenagem, enquanto 38,3% apresentou como superseco, correspondendo ao prejuízo de 41,3 mil reais na comercialização. No Cenário II foi obtida a mesma quantidade de produto seco do Cenário I, no entanto 26,0% sob o risco de deterioração fúngica e perda de massa durante a armazenagem. A modelo do Cenário II, no Cenário III o risco de deterioração fúngica e perda de massa durante a armazenagem correspondeu a 22,0% da quantidade de produto obtida, 3.259,2 t. Para o Cenário IV ocorreu supersecagem, correspondendo a 20,0% das 3.221,74 t de produto obtida, configurando no prejuízo de 14,7 mil reais na comercialização. Portanto, conclui-se que é primordial a segregação das cargas no recebimento visando minimizar os riscos de supersecagem e, ou subsecagem na gestão de unidade armazenadora de grãos.
Palavras-chave supersecagem, deterioração fúngica, perda de massa
Forma de apresentação..... Painel
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