Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 9753

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Ana Paula Floriano
Orientador CARLA DE OLIVEIRA BARBOSA ROSA
Outros membros CAROLINA ARAUJO DOS SANTOS, Heloísa Helena Firmino
Título Risco nutricional em crianças e adolescentes hospitalizados: prevalência e correlação com o consumo alimentar e com o tempo de internação
Resumo Introdução: A detecção do risco nutricional em ambiente hospitalar representa a possibilidade de uma intervenção precoce e mais efetiva. No Brasil, há apenas uma ferramenta traduzida para triagem nutricional em pediatria – o StrongKids. Por ser um método recente e ainda pouco utilizado, pouco se conhece sobre a frequência do risco neste grupo e como esta ferramenta se inter-relaciona com variáveis de interesse em saúde. Objetivos: Avaliar a prevalência do risco nutricional por meio do StrongKids e sua relação com o consumo alimentar e com o tempo de hospitalização em crianças e adolescentes internados em um hospital filantrópico no município de Viçosa, Minas Gerais.Metodologia: Foram avaliados os pacientes admitidos no setor de pediatria no período de julho de 2017 à julho de 2018. Os procedimentos adotados incluíram: aplicação de um questionário sociodemográfico, triagem de risco nutricional pelo StrongKids, avaliação do consumo alimentar atual por meio da aplicação de um Recordatório de 24 horas com o responsável/acompanhante e consulta ao prontuário médico para obtenção do tempo de internação. A relação entre a pontuação do StrongKids e as variáveis de interesse foi verificada pela correlação de Spearman. A variação no tempo de hospitalização segundo as categorias de risco nutricional foi avaliada pelo teste de Kruskall-Wallis, complementado pelo post hoc de Dunn. O consumo alimentar foi quantificado no Diet Pro (versão 5.i). Os dados foram tabulados no Microsoft Excel e analisados no software SPSS (versão 22.0). Resultados: Participaram do estudo 152 crianças e adolescentes, com idade média de 4,1 anos (DP: 3,6 anos), sendo a maioria do sexo feminino (51,3%; n=78). Segundo o StrongKids, 24,1% dos avaliados apresentavam baixo risco nutricional (BR), 69,7% médio risco (MR) e 6,2% alto risco (AR). Uma maior pontuação no StrongKids, indicativa de maior risco nutricional, se correlacionou de forma significativa com o maior tempo de hospitalização (rho: 0,214; p=0,011),com o menor consumo energético (rho: -0,203; p=0,045), de proteínas (rho: -0,245; p=0,014), cálcio (rho: -0,314; p>0,001) e ferro (rho: -0,231; p=0,021). A mediana do tempo de internação dos pacientes classificados como AR (7 dias) foi maior quando comparada às outras categorias (MR= 4 dias; BR=3 dias) (p=0,025). Conclusão:A prevalência de risco nutricional em crianças e adolescentes hospitalizados foi elevada (cerca de 3/4 dos avaliados apresentavam MR ou AR). Este método se associou de forma significativa com o tempo de hospitalização e com variáveis de consumo alimentar, o que sugere sua utilidade na prática clínica.
Palavras-chave Risco Nutricional, StrongKids, Consumo Alimentar
Forma de apresentação..... Painel
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