Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 9746

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Ciências Sociais Aplicadas
Setor Departamento de Educação
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Kamilla Botelho de Oliveira
Orientador ALVANIZE VALENTE FERNANDES FERENC
Outros membros DENILSON SANTOS DE AZEVEDO
Título Monitoria: história e contextualização dessa atividade na UFV
Resumo Este trabalho teve origem no Programa de Pós-graduação em Educação da UFV e objetivou apresentar um aprofundamento de estudos sobre monitoria, em articulação com discussões realizadas numa disciplina cursada no 1º semestre de 2018. Para entender a monitoria devemos compreender os processos pelos quais passou, surgindo no século XIX com o ensino monitoral, ampliando-se e modificando-se até hoje. Além deste histórico, a metodologia também envolveu contato com a Pró-Reitoria de Ensino da UFV para levantar dados sobre a atividade na instituição e a realização de uma fundamentação sobre monitoria e sua inserção no contexto socioeconômico, político e pedagógico. Foi possível compreender que o método monitoral surgiu como uma das estratégias de atendimento a um grande número de crianças, numa tentativa de promover a universalização da instrução, em pouco tempo e sem muito dispêndio. A escola deveria se organizar para atender esta sociedade cada vez mais industrial e urbanizada, expandindo-se para suprir a demanda do capitalismo: trabalhadores preparados para processo de produção. A monitoria, neste contexto, foi instrumento da elite para dominar, pois enquanto ensino para massas, não permitia reflexões e sim repetições, com disciplina rígida. Tratando-se da monitoria no ensino superior brasileiro, esta se faz presente pela 1ª vez na legislação pela Lei nº 5.540/1968, que previa a criação da função de monitor. Posteriormente, com a LDB, no artigo 84º se afirma “os discentes da educação superior poderão ser aproveitados em tarefas de ensino e pesquisa pelas respectivas instituições, exercendo funções de monitoria, de acordo com seu rendimento e seu plano de estudos”. Na UFV, a monitoria é regulamentada pela Resolução 5/2003/CEPE, que traz objetivos, pré-requisitos, atribuições e demais informações relevantes sobre monitores, além de ser citada também na Resolução 13/2016-CEPE. Ainda se referindo à UFV, no ano de 2017, constata-se: o Centro com maior número de monitores foi o de Ciências Exatas e com menor, o de Ciências Agrárias; o ano em que mais houve monitores foi em 2011, totalizando cerca de 460 monitores em toda a UFV-Viçosa. Diante dos estudos realizados, obteve-se como resultado uma reflexão e visão crítica sobre esta atividade que surgiu para diminuir gastos e ampliar atendimento e se transformou e ampliou, sendo hoje uma atividade importante dentro do contexto das Universidades. Atende, na UFV, um número considerável de estudantes,em 12 horas semanais, por monitor. A conclusão que podemos chegar, com os indícios apresentados pela literatura e dados, é que há um acolhimento dessa atividade pela instituição, o que merece ser aprofundado em estudos visando: compreender a relação entre número de monitores, ações governamentais e administração da UFV e explorar e compreender sua dimensão formativa, reflexiva e de aprendizagem da profissão pelos graduandos e demais profissionais nela envolvidos. Esse tem sido nosso investimento na pós-graduação.
Palavras-chave Ensino Superior, Monitoria, estratégias de ensino/ aprendizagem da profissão
Forma de apresentação..... Painel
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