Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 9712

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Engenharia/Tecnologia
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Bárbara Teixeira Gomes
Orientador EDUARDO BASILIO DE OLIVEIRA
Outros membros JANE SELIA DOS REIS COIMBRA, Lucas de Souza Soares
Título Obtenção e caracterização reológica de hidrogéis mistos de quitosano e polissacarídeos alimentares tradicionais
Resumo Quitosano, polissacarídeo catiônico obtido a partir da quitina, possui várias aplicações biotecnológicas (excipiente para liberação de bioativos, material de curativos dérmicos etc.). Em particular, por ser um adsorvente de lipídios no trato gastrointestinal, atua como fibra alimentar. Contudo, seu emprego como ingrediente/aditivo de produtos alimentícios ainda é pouco relatado. Assim, neste estudo objetivou-se a formulação e a avaliação de hidrogéis com substituição parcial do agente gelificante por quitosano, segundo um desenho fatorial 2x4. Analisou-se: i) o agente gelificante (amido 10% m/V ou carragena 1,5% m/V) disperso em solução de ácido lático (10 mM) e corante amarelo crepúsculo (0,02% m/V); ii) a proporção de substituição do agente gelificante por quitosano (0,0; 5,0; 7,5 e 10,0% m/V), totalizando 8 tratamentos. Todos os experimentos foram repetidos 3 vezes, o que resultou em 24 unidades experimentais. Avaliaram-se a ocorrência ou não de sinérese, a variação de cor segundo as coordenadas do sistema CIE-La*b* (durante 28 dias) e as propriedades viscoelásticas por meio de ensaios dinâmico-oscilatórios a frequências variando de 1 a 316 rad∙s-1 (24 h após a preparação). Sinais de sinérese ou ressecamento não foram observados nos hidrogéis amido ou carragena, sozinhos ou parcialmente substituídos por quitosano, durante os 28 dias de armazenamento. Os hidrogéis de carragena contendo ou não quitosano (5,0; 7,5 e 10,0% do total de polissacarídeo) apresentaram-se translúcidos, e diferenças significativas não foram observadas nas coordenadas de cor a* (~ 26,00), b* (~ 42,00) e L (~ 48,00) (ANOVA; p > 0,05). Os hidrogéis de amido contendo ou não quitosano (5,0; 7,5 e 10,0% do total de polissacarídeo) mostraram-se opacos, mas também sem diferenças significativas nas coordenadas de cor a* (~ 22,00), b* (~ 28,00) e L (~ 51,00) (ANOVA; p > 0,05). Todos os hidrogéis de amido apresentaram módulos elástico e viscoso praticamente constantes entre 1 e 50 rad∙s-1 (G’ ~ 8.0∙102 Pa; G” ~ 3.0∙102 Pa). Em frequências > 50 rad∙s-1, G” aumentou em função da frequência até ultrapassar G’, o que ocorreu a 316 rad∙s-1 no hidrogel sem quitosano, e a 100 rad∙s-1 nos hidrogéis com substituição parcial por quitosano (5,0; 7,5 e 10,0% do total de polissacarídeo). Hidrogéis de carragena apresentaram valores praticamente constantes de G’ e G” em todo o intervalo de frequências avaliado (G’ ~ 1,1∙104 Pa e G” ~ 1,1∙103 Pa). Uma vez que a substituição dos agentes gelificantes por quitosano não alterou drasticamente as propriedades estudadas dos hidrogéis durante 28 dias, abre-se a perspectiva a incorporação de quitosano a formulações gelificadas (flãs, pudins, geleias etc.), sem comprometimento de seu aspecto visual e de sua textura. A continuidade do presente estudo será focada na avaliação quantitativa da retenção do corante ao longo do tempo e em contato com diferentes fluidos (água, solução de sacarose, óleos etc.), bem como da aceitabilidade sensorial desses hidrogéis.
Palavras-chave Reologia, Hidrogéis, Quitosano
Forma de apresentação..... Oral
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